Os vencedores: 'O Artista'

Filme mudo francês, de Michel Hazanavicius somou cinco Óscares, entre os quais os de melhor filme, realizador e ator
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Estreou na passada edição do Festival de Cannes na secção competitiva e já por essa altura havia rumores de que poderia vir a ser nomeado para os Óscares da Academia norte-americana. E anunciadas as nomeações partia logo como um dos favoritos.

Este caricato retorno à era do mudo era já desejado pelo cineasta há já algum tempo: "os grandes cineastas que eu mais admiro provêm do cinema mudo... Hitchcock, Lang, Ford, Lubitsch, Murnau, Billy Wilder (como argumentista)." O interesse, aliás, vem já presente na restante filmografia de Hazanavicius, resultado do seu trabalho como realizador de anúncios de televisão e marcada essencialmente pelo pastiche e pela cinefilia - desde o telefilme La classe américaine, de 1993 (que parodia o cinema clássico norte-americano ao colar vários extratos de filmes da Warner Bros. e ao dobrá-los com novos diálogos) às paródias aos filmes de espiões Agente 117 (que chegou a estrear em Portugal em dezembro de 2006 e está disponível em DVD) e a sua sequela Agente 117 - Perdido no Rio (de 2009, entre nós disponível em aluguer de vídeo).

Homenagem ao cinema mudo ou simples paródia que encantou os norte-americanos mais nostálgicos, a verdade é que O Artista não tem parado de colecionar prémios. Estreado na competição oficial no Festival de Cannes (onde, apesar de ter "perdido" a Palma de Ouro para A Árvore da Vida, foi galardoado com o prémio para melhor ator).

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