Os laços entre animais e homens que se tornam virais

É uma das últimas imagens virais da internet. Mario, doente terminal quis voltar ao zoo onde trabalhou a vida inteira. Uma visita muito sentida por uma amiga especial: uma das girafas. Este é apenas o último exemplo de muitos que mostram que as relações entre animais, mesmo os mais selvagens, e humanos às vezes não se rege pelas mais básicas leis da natureza.
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Mario, 54 anos, trabalhador do Jardim Zoológico de Roterdão durante toda a vida, pediu um último desejo na fase terminal do cancro que enfrenta. Quis ir ver os animais com que sempre trabalhou. O desejo foi satisfeito por instituição especialista neste tipo de questões, que levou Mario, em maca, para ficar apenas deitado a olhar. Mas não foi isso que aconteceu. Uma girafa, como que pressentindo o que se passava, aproximou-se e "beijou-o". A foto que captou o reencontro entre velhos amigos -publicada pelo jornal Algemeen Daglabad -, corre agora mundo.

Há meses tinha sido o gesto entre uma veterinária e um leão, a causar emoção. O vídeo mostrava uma mulher, em Cali, na Colômbia a aproximar-se - perigosamente - da jaula de um leão. Mas o que se seguia era de todo inesperado. O animal atirava-se contra as grades para a abraçar efusivamente. Este momento marca o reencontro entre Ana Torres e Júpiter. A mulher, veterinária, encontrara-o, ainda bebé, ferido e abandonado, tratara-o e curara-o, até o enviar para o zoo, onde nunca deixou de o visitar. E a gratidão tornou-se mundial.

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Um dos vídeos mais populares é o da antropóloga britânica Jane Goodall a libertar um dos seus animais protegidos. Wounda foi resgatada na selva do Congo pelo instituto daquela que é também mensageira da Paz das Nações Unidas, à beira da morte. Órfã depois da sua mãe ter sido assassinada por caçadores furtivos, foi encontrada e tratada diretamente pela famosa primatóloga. Quando, muitos meses depois, foi devolvida à liberdade não deixou de ser grata. Quando já estava na selva, Wounda não se foi embora sem abraçar a mulher que a salvou.

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Menos surpreendente dos que os animais selvagens, as histórias com animais de estimação não deixam de ser igualmente comoventes. Wiley é um dos exemplos mais comoventes de animais de estimação que se mantêm fieis aos donos, mesmo depois da morte destes. A forma como Wiley "soluçava" e tremia deitado junto à campa da dona Glayds não deixou ninguém indiferente, quando foi divulgado o vídeo da sua história. Wiley, um cão-lobo, começou por acompanhar o marido de Glayds quando este voltou da guerra com stresse pós-traumático, ao abrigo do programa Guerreios e Lobos. Depressa se tornou um membro da família.

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Em Portugal, o caso mais conhecido aconteceu há três anos, em Rio de Mouro, concelho de Sintra. Um cão esperou vários dias pela dona no local onde a viu pela última vez: a sair de ambulância do centro de saúde de Rio de Mouro. As imagens foram da SIC. Chiquinho, seria adotado tempos depois. A espera do cão pela sua dona já tinha comovido quem por ali passava todos os dias, o cão tinha até uma casota no local.

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