"Os fantasmas que a nossa opositora criou à volta de nós não passam disso"
Se for eleito o que vai mudar de imediato na Ordem dos Advogados (OA)?
Vamos constituir o Gabinete de Política Legislativa para de imediato apresentarmos propostas relativas a legislação. Quanto às despesas, vamos eliminar as gorduras injustificáveis numa associação pública, com consequências na formatação de mecanismos discriminatórios positivos do ponto de vista geracional, designadamente para os jovens advogados, e de género, designadamente para as advogadas em período de maternidade. Vamos criar um grupo de trabalho para trabalhar uma proposta sobre o mapa judiciário.
Prioridade na defesa dos interesses dos advogados?
A identificação das profissões jurídicas, distinguindo, desde logo, os atos próprios dos advogados com os atos próprios dos solicitadores. A constituição obrigatória de advogado - em processo de trabalho desde o seu início - e em penal, desde o momento da constituição de arguido. Vamos alterar a ação executiva, para permitir que os advogados tenham acesso aos bens suscetíveis de penhora, afastando os agentes de execução dessa fase inicial. Promover a isenção de taxa de justiça nos processos em que os advogados são partes em consequência do exercício profissional. Vamos ainda tentar o aumento do valor dos honorários no âmbito do apoio judiciário, e o pagamento oportuno, não por iniciativa de quem for ministro, mas antes através do orçamento geral do Estado com a criação de um Instituto, com a presença da OA, para esse fim exclusivo de receber as quantias, geri-las e proceder aos pagamentos atempadamente e ainda assegurar o pagamento de toda e cada uma das sessões em que o advogado se desloca, está presente, intervém e assegura a defesa.
Quem não votou em si na primeira volta deve votar agora na segunda porquê?
Porque já puderam perceber que os "fantasmas" que a candidatura nossa opositora criou à volta da nossa candidatura não passam disso mesmo e não têm qualquer ponta de verosimilhança. Porque somos uma candidatura que se opõe a este status quo, de absoluta inércia e silêncio (apenas alterado no período da campanha e por causa da campanha), não só temos um programa a favor de uma Ordem interveniente e pró-ativa, e a defesa de uma advocacia qualificada, credível, independente e ético-deontologicamente fundada, como, também, apresentamos uma candidatura constituída por colegas que representam todas as modalidades de exercício, dos mais novos aos menos novos, e nos dirigimos na defesa de todos os advogados e do Estado de Direito Democrático, e, ainda, porque não queremos um Conselho Geral que divida os advogados entre amigos e inimigos, "filhos e enteados", submissos e perigosos, a favor e contra, como hoje sucede.
Principal defeito da sua adversária?
Não faço críticas à pessoa, mas às políticas, ou ausências delas, que a candidata adversária representou enquanto vogal, primeira vice-presidente e bastonária da Ordem dos Advogados.