"Os fantasmas que a nossa opositora criou à volta de nós não passam disso"

Advogado do Porto teve 7.838 votos na primeira volta das eleições de 18 de novembro da Ordem dos Advogados. Guilherme Figueiredo já foi presidente do Conselho Regional do Porto
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Se for eleito o que vai mudar de imediato na Ordem dos Advogados (OA)?
Vamos constituir o Gabinete de Política Legislativa para de imediato apresentarmos propostas relativas a legislação. Quanto às despesas, vamos eliminar as gorduras injustificáveis numa associação pública, com consequências na formatação de mecanismos discriminatórios positivos do ponto de vista geracional, designadamente para os jovens advogados, e de género, designadamente para as advogadas em período de maternidade. Vamos criar um grupo de trabalho para trabalhar uma proposta sobre o mapa judiciário.

Prioridade na defesa dos interesses dos advogados?
A identificação das profissões jurídicas, distinguindo, desde logo, os atos próprios dos advogados com os atos próprios dos solicitadores. A constituição obrigatória de advogado - em processo de trabalho desde o seu início - e em penal, desde o momento da constituição de arguido. Vamos alterar a ação executiva, para permitir que os advogados tenham acesso aos bens suscetíveis de penhora, afastando os agentes de execução dessa fase inicial. Promover a isenção de taxa de justiça nos processos em que os advogados são partes em consequência do exercício profissional. Vamos ainda tentar o aumento do valor dos honorários no âmbito do apoio judiciário, e o pagamento oportuno, não por iniciativa de quem for ministro, mas antes através do orçamento geral do Estado com a criação de um Instituto, com a presença da OA, para esse fim exclusivo de receber as quantias, geri-las e proceder aos pagamentos atempadamente e ainda assegurar o pagamento de toda e cada uma das sessões em que o advogado se desloca, está presente, intervém e assegura a defesa.

Quem não votou em si na primeira volta deve votar agora na segunda porquê?
Porque já puderam perceber que os "fantasmas" que a candidatura nossa opositora criou à volta da nossa candidatura não passam disso mesmo e não têm qualquer ponta de verosimilhança. Porque somos uma candidatura que se opõe a este status quo, de absoluta inércia e silêncio (apenas alterado no período da campanha e por causa da campanha), não só temos um programa a favor de uma Ordem interveniente e pró-ativa, e a defesa de uma advocacia qualificada, credível, independente e ético-deontologicamente fundada, como, também, apresentamos uma candidatura constituída por colegas que representam todas as modalidades de exercício, dos mais novos aos menos novos, e nos dirigimos na defesa de todos os advogados e do Estado de Direito Democrático, e, ainda, porque não queremos um Conselho Geral que divida os advogados entre amigos e inimigos, "filhos e enteados", submissos e perigosos, a favor e contra, como hoje sucede.

Principal defeito da sua adversária?
Não faço críticas à pessoa, mas às políticas, ou ausências delas, que a candidata adversária representou enquanto vogal, primeira vice-presidente e bastonária da Ordem dos Advogados.

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