Os 90 segundos de Björk para antecipar exposição no MoMA

A cantora islandesa interpreta "Black Lake", uma canção do último disco, levantando o véu sobre exposição que abre a 8 de março. Veja o vídeo.
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Fundo negro, uma mulher ao longe, suspensa. É Björk. Vamo-nos aproximando dela enquanto canta Black Lake. A câmara desce pelo seu corpo semi-coberto de algas seguindo um rio azul que termina com o seu nome, uma imagem nebulosa e duas informações: março-junho 2015, MoMa. É um aperitivo de 90 segundos para a instalação sonora e visual que será uma peça central na exposição sobre a cantora que é inaugurada ao público no dia 8 e foi divulgado pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque e pela própria, via Facebook.

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O projeto vai buscar o título a uma canção do último disco de Björk, "Vulnicura" (editado a 20 de janeiro no iTunes, dois meses antes do previsto, depois de ter ido parar à Internet). Resulta de uma colaboração entre a islandesa, os especialistas em 3D da Autodesk e o realizador Andrew Thomas Huang, com quem a artista trabalhou no vídeo "Mutual Core". Misto de ficção e biografia, o conteúdo é assinado pela própria e pelo poeta Sjón Sigurdsson, também islandês.

Destas e de outras parcerias com videastas, fotógrafos, designers de moda se faz a retrospetiva de 20 anos de carreira da artista. Está lá o famoso, e criticado, vestido de cisne da designer de moda Marjan Pejowski que Björk usou na cerimónia de entrega dos Óscares em 2001. E também vão estar os robôs de Chris Cunnigham para o vídeo de "All is Full of Love" ("Homogenic", 1998).

O percurso reparte-se por várias salas.Cada uma dela dedicada a um álbum a solo da artista. Começa em 1993, ano em que foi lançado o primeiro disco, "Debut".

Apenas 100 pessoas poderão entrar no espaço da exposição de cada vez. Estarão munidas de auscultadores, uma ferramenta que faz parte da experiência. Além de música, há comentários de Sjón Sigurdsson, da atriz Margrét Vilhjálmsdóttir e da própria Björk. A cantora é descrita como "um ícone contemporâneo cujas contribuições para a música, vídeo, cinema, moda e arte influenciaram uma geração a nível mundial" no texto de lançamento do catálogo da exposição, já disponível através do site do Museu de Arte Moderna.

Björk tem agendados vários concertos em Nova Iorque na semana anterior à inauguração da exposição (que também já estará de portas abertas para membros do MoMA).

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