Ortopedista é o futuro ministro da Saúde do Brasil

Luiz Henrique Mandetta é deputado federal e conta com o apoio de representantes do setor da saúde para o cargo de ministro. O ex-juiz Sergio Moro indicou dois operacionais da operação Lava-Jato para a chefia da Polícia Federal e para um departamento do Ministério da Justiça.
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Na segunda-feira da semana passada, o presidente eleito Jair Bolsonaro lançou o nome de Luiz Henrique Mandetta para o cargo de ministro da Saúde e hoje deve confirmar a nomeação, avançou a Reuters.

Nesta tarde, Bolsonaro recebeu deputados e representantes do setor da saúde que apoiam o nome de Mandetta.

Deputado federal em segundo mandato, Luiz Henrique Mandetta é médico ortopedista. Foi secretário da Saúde de Campo Grande, cidade do Mato Grosso do Sul onde nasceu há 54 anos.

No seu currículo tem uma passagem pelo Exército: entre 1993 e 1995 trabalhou no Hospital Geral do Exército com a patente de tenente.

Dali saiu para uma especialização em ortopedia num hospital pediátrico de Atlanta, Estados Unidos. Quando regressou ao Brasil decidiu dedicar-se em exclusivo à ortopedia pediátrica. Mas o seu trabalho não se ficou pela prática médica. Foi gestor hospitalar e secretário municipal da Saúde.

Segundo a Exame, o deputado foi investigado por fraude e tráfico de influências devido à instalação de um sistema de prontuário eletrónico do paciente (registo digital dos pacientes)

Em 2010 concorreu a deputado federal e foi reeleito. É deputado pelo DEM (Democratas, centro-direita). Este partido, apesar de não ter apoiado a candidatura de Jair Bolsonaro, terá também o Ministério da Agricultura (Onyx Lorenzoni) e a Casa Civil (Tereza Cristina).

Moro indigita próximos

O futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, informou que o superintendente da Polícia Federal (PF) do Paraná, Maurício Valeixo, será promovido ao cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Valeixo terá a missão de "direcionar as suas investigações, principalmente com o foco em corrupção e crime organizado", afirmou o ex-juiz.

Informou ainda que a delegada da PF Érika Marena vai passar a chefiar o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, que está sob a tutela do Ministério da Justiça.

Quer Valeixo quer Marena trabalharam com Sergio Moro na investigação da Lava-Jato. "Eu seria um tolo se não aproveitasse pessoas que trabalharam comigo, especialmente no âmbito da Lava-Jato, porque já provaram integridade e eficiência", comentou Moro.

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