Ornatos Violeta mostram que o culto está bem vivo

Grupo iniciou ontem em Lisboa série de concertos nos coliseus para a despedida definitiva.
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Durante os últimos anos muito se falou e se escreveu sobre a nostalgia pela música (e não só) produzida nos anos 80. Mas o que se viveu ontem à noite no Coliseu de Lisboa mostra que existe já toda uma geração ávida por reviver as memórias da década de 90 e, em particular, aquelas que tiveram as canções dos Ornatos Violeta como banda sonora.

O grupo iniciou ontem uma série de seis concertos entre os coliseus de Lisboa e do Porto (hoje e amanhã tocam na capital e de terça-feira a 1 de novembro na Invicta) e ao fim de mais de duas horas era clara a felicidade tanto dos fãs, como dos próprios músicos.

Raras vezes se viu um coliseu tão unido em torno de um só objectivo: a celebração das canções dos Ornatos Violeta, entoadas a viva voz e de fio a pavio durante todo o espetáculo. E não foram só os temas dos álbuns Cão! (1997) e O Monstro Precisa de Amigos (1999) que ali tiveram lugar. Aliás, se este regresso aos palcos serviu, acima de tudo, para concretizar um desejo há muito pedido pelos milhares de fãs da banda, o que esta fez foi dar-lhes tudo, das raridades "pedidas" pelos admiradores acérrimos (como Marta, um lado B do muito conhecido Ouvi Dizer, já no segundo encore), ou até mesmo alguns inéditos.

Antes, um fã do grupo teve a sorte de ver o seu pedido acedido e de subir ao palco para tocar ao lado de Manel Cruz, Nuno Prata, Peixe, Kinorm e Elísio Donas o tema Deixa Morrer (retirado d'O Monstro Precisa de Amigos), sendo este momento representativo da cumplicidade e da entrega de parte a parte durante toda a noite.

Foi um concerto de aclamação e se no dia 1 de novembro, no Coliseu do Porto, o grupo fechar definitivamente as portas, muitas já conseguiram preencher o vazio desta ausência.

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