Organização diz ter feito o melhor e encarar frontalmente os problemas
"Enfrento a situação de frente, dizendo que fizemos o nosso melhor, há situações que são imponderáveis, há que saber valorizar o que é importante", disse João Costa Antunes, que há 25 anos está à frente da coordenação do Grande Prémio de Macau.
Costa Antunes, que a 20 de dezembro deixa a direção dos Serviços de Turismo para se dedicar em exclusivo ao Grande Prémio de Macau, que assinala em 2013 o 60.º aniversário, explicou o "natural embaraço com a falta do hino", porque é português, salientando que o episódio "de alguma forma também embaraçou o Chefe do Executivo, porque estava encantado por poder dar um troféu a um corredor português".
"Tudo isso são situações que enfrento sem recurso a nenhuma desculpa, foi uma falha. Não podemos acreditar só nos sistemas técnicos, informáticos ou base de dados que por vezes nos dão informações erróneas, mas o futuro será aquilo que conseguirmos construir e que a confiança de todos nos der", afirmou.
A comissão organizadora da corrida revelou que o hino português será tocado no jantar de confraternização dos pilotos, como forma de reparar o engano ocorrido na cerimónia do pódio da prova de Fórmula 3.
Apesar de ter anunciado as mortes de dois pilotos - em conferência de imprensa, em que surgiu emocionado -, Costa Antunes explicou também não ser a primeira vez, infelizmente, que se registam vítimas na pista de Macau, um traçado citadino, muito exigente e sem escapatórias, onde um erro pode ser fatal.
"Já tivemos acidentes mortais em edições anteriores, já tivemos duplos acidentes mortais, como neste fim de semana, já tivemos hinos trocados em cerimónias de entrega de prémios, já tivemos chuva quando não se esperava chover, mas, de facto, devo dizer que este Grande Prémio teve uma conjugação que não estava à espera e que exigiu uma grande energia de todos nós", assinalou.
Com a edição 59.ª encerrada, Costa Antunes pensa já edição de 2013 do Grande Prémio, uma prova que irá decorrer, à semelhança da 50.ª, em dois fins de semana no próximo ano.
"Há um compromisso que vamos melhorar no futuro para que o 60.º Grande Prémio seja um ato de Macau e que possamos todos daqui a um ano ter o benefício de estarmos numa situação mais agradável", concluiu.