Orçamento da Camâra Municipal de Évora sofre redução
Fonte da autarquia explicou que o valor do orçamento para 2015 é de 88,8 milhões de euros, ou seja, menos cerca de 4,4 milhões do que o orçamento deste ano (93,2 milhões de euros).
Em comunicado hoje divulgado, a gestão comunista refere que no montante global da proposta orçamental está incluída "a dívida transitada de anos anteriores", a qual é de 45,85 milhões de euros.
Por isso, sublinhou, "o orçamento real" da autarquia "será de 42,95 milhões de euros" e inclui "obrigações financeiras a pagar no valor de nove milhões de euros".
O presidente do município, Carlos Pinto de Sá, destacou que, no 1.º ano de gestão CDU, foram reduzidos o valor dos compromissos futuros, o prazo médio de pagamento a fornecedores e a dívida global da autarquia.
Para 2015, o autarca considerou que, apesar das "tremendas dificuldades endógenas e exógenas" que a câmara enfrenta, os Documentos Previsionais "propõem objetivos ambiciosos, mas realistas".
"Quase não há margem financeira e económica para definir novas ações que tenham componente financeira", mas "há muita atividade municipal, quer de cariz estrutural quer mais conjuntural, que pode e deve ser posta em marcha", para "enfrentar a crise e as suas causas", frisou Pinto de Sá.
Da parte da oposição, na declaração de voto apresentada na reunião de câmara, os dois eleitos do PS justificaram os votos contra e acusaram a gestão CDU de propaganda.
"Não votamos favoravelmente" porque se trata de documentos ceivados "de considerações propagandísticas", poder ler-se na tomada de posição dos socialistas Silvino Costa e Cláudia Sousa Pereira.
A título de exemplo, os eleitos do PS consideram que a intenção da câmara de manter "uma relação de diálogo e colaboração ativa e de parceria" com as juntas de freguesia se limita a "um exercício retórico propagandístico".
Quanto ao vereador do PSD, José Palma Rita, na sua declaração de voto, admitiu "algumas dimensões positivas e a valorizar" nos Documentos Previsionais, os quais, contudo, lhe merecem também "um conjunto de reparos".
Em termos positivos, o social-democrata destacou aspetos como o "esforço" do município para o "reequilíbrio das finanças locais" e a "preocupação" na "redução dos prazos de resolução dos compromissos assumidos perante os credores e fornecedores".
Palma Rita explicou a sua abstenção com o argumento de que a gestão CDU apresenta "Opções e um Orçamento de escape, centrado na procura de desresponsabilização do executivo municipal atual, versus a responsabilização atribuída às políticas do Governo e à gestão municipal anterior" socialista.