Operários em avaliação, obras já foram retomadas
O espaço pertence à empresa Fundo Vip, mas a gestão é feita pela Silvip, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário. A pedido da Nokia, que arrenda o espaço, estão a ser feitas obras de melhoramento.
Ontem, um operário da empresa de construção civil contratada pelo dono do complexo ficou gravemente ferido, com 70% do corpo queimado, quando fazia a limpeza de um poço e danificou uns cabos elétricos.
Hoje de manhã, três funcionários da empresa de trabalhos elétricos, ficaram feridos quando faziam um reparação num posto de transformação. Foram todos transferidos para o hospital de Santa Maria, em Lisboa, e a meio dois estavam em observação. Um deles apresentava queimaduras em 50% do corpo.
"Os acidentes não ocorreram no mesmo local. No primeiro caso foi um cabo danificado quando se procedia à limpeza de um poço, no segundo a equipa estava a fazer a reparação de uma anomalia elétrica no posto de transformação, que nada tinha a ver com o acidente anterior. A Autoridade para as Condições do Trabalho estiveram no local, a recolher informações. A obra já foi retomada. As duas empresas estão certificadas", explicou ao DN Serralha Ferreira, administrador da Silvip.
Os operários da EiE, Eletricidade e Instalações Especiais hoje feridos em estado mais grave - dois homens, um com 30 e outo com 40 anos - foram encaminhados para o hospital de Santa Maria, onde chegaram por volta das 11 horas.
Fonte da EiE explicou ao DN que o funcionário que ficou ferido com maior gravidade era o operacional que estava a reparar a anomalia no posto de transformação e que os outros dois eram assistentes técnicos.
Segundo fonte do Inem estiveram no local duas ambulâncias de emergência médica geridas pelos bombeiros da Amadora e duas viaturas médicas de emergência e reanimação (vmer). Os dois feridos foram entubados e ventilados no local antes de terem sido transferidos para o hospital
No acidente de ontem esteve no local uma ambulância e uma vmer que assistiu o homem de 28 anos que ficou gravemente ferido. o mesmo foi transportado para o heliporto do hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, e dai para o hospital da Prelada, no Porto.
A transferência foi motivada pela falta de camas para queimados na região de Lisboa. A questão foi hoje colocada ao ministro da Saúde Paulo Macedo pelo Bloco de Esquerda num debate que decorreu na Assembleia da República. O ministro garantiu que não há falta de camas e que "a rede está a funcionar".