ONU denuncia invasão de hospitais por autoridades
Navi Pillay está "profundamente alarmada pela escalada de violência cometida pelas forças de segurança no Bahrein, nomeadamente a tomada de assalto dos hospitais e dos centros médicos", de acordo com um comunicado hoje emitido pela alta-comissária.
Pillay acrescentou que esta medida é "chocante" e está "em flagrante violação do direito internacional".
Desde o início do mês passado que o Bahrein está a ser agitado por protestos contra o regime, inspirados pelos levantamentos populares na Tunísia e no Egito. Os manifestantes pertencem sobretudo à maioria xiita da população, que reclama reformas políticas na pequena monarquia do Golfo, governada por uma dinastia sunita.
No início da semana, o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) enviou para o Bahrein um contingente militar, composto sobretudo por soldados sauditas, para ajudar as autoridades a controlar os protestos.
Durante a madrugada de hoje, seis líderes da oposição (cinco radicais xiitas e um sunita membro de um partido de esquerda) foram detidos, disse à agência noticiosa francesa AFP Khalil Marzuk, porta-voz do movimento xiita Al-Wefaq.
Entre os detidos está o secretário-geral do movimento Haq, uma formação proibida da oposição xiita, Hassan Machaimaa, que regressou a Manama a 26 de fevereiro, depois de ter beneficiado de uma amnistia real.
As detenções ocorreram após uma investida das autoridades do Bahrein contra os manifestantes xiitas que se concentravam no centro de Manama, que resultou em cinco mortos.
Esta semana, o governo do Bahrein decretou o estado de emergência no reino.