ONG denuncia "racionamento" de preservativos e materiais de prevenção do VIH/Sida
O Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT), dedicado ao VIH/Sida, denunciou o que diz ser um racionamento de preservativos imposto pelo Programa Nacional para a Infeção VIH/Sida. O grupo queixa-se de receber cada vez menos material de prevenção, situação que se tem agravado desde 2011.
Este racionamento é tanto de preservativos masculinos como de femininos e também de embalagens de gel lubrificante, conforme o comunicado do GAT. Os ativistas afirmam que na última encomenda mensal apenas receberam "25% dos preservativos externos" pedidos, "50% dos preservativos internos e 3% das embalagens de gel lubrificante".
"O material de prevenção tem sido cada vez mais insuficiente para as necessidades", afirma a organização não-governamental sem fins lucrativos. O GAT caracteriza ainda a distribuição deste material como "um serviço passivo", que responde de forma "descoordenada e sem visão" e que falha regularmente e recorre por vezes a uma "distribuição meramente simbólica".
"O acesso ao material de prevenção sexual é um dos pilares mais básicos e mais barato de qualquer estratégia de prevenção", lê-se no comunicado. Acesso esse que, segundo a organização formada por pessoas "infetadas ou afetadas pelo VIH", como se lê no site, tem vindo a ser dificultado pelas entidades públicas de saúde.
Segundo o GAT, o material de prevenção adquirido este ano pela Direção Geral de Saúde ou Administração Regional de Saúde "não assegura sequer metade das necessidades previsíveis".
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Contactado pela Lusa, o diretor-geral da Saúde afirmou que "a situação já foi desbloqueada".
"Muito em breve os concursos para aquisição de novos lotes de preservativos serão lançados", disse Francisco George.
Para o GAT, "o acesso ao material de prevenção sexual é um dos pilares mais básicos e mais barato de qualquer estratégia de prevenção".