Olhar 1974 e ver o futuro
O DN era já um jornal centenário quando foi o 25 de Abril e ao longo do seu percurso, desde 1864, tinha sido testemunha da queda da monarquia e do fim da Primeira República. Nesse dia memorável de 1974, uma segunda edição deu logo conta do "Movimento Militar" que mudou o regime. Hoje, passados 40 anos, o jornal revisita essa data libertadora, numa edição que se pretende histórica, fazendo um balanço das transformações em áreas como a Saúde, a Educação, os Direitos das Mulheres ou a Sexualidade, passando pela Literatura e o Lazer. Para isso, pusemos uma grande equipa de repórteres no terreno, fotografámos o País de norte a sul (comparando o antes e o agora) e desafiámos 25 personalidades a entrevistar outras 25, evocando estas quatro décadas mas também o rumo para o País.
O resultado, para ler nestas páginas, é ouvir Durão Barroso a falar sobre o futuro da Europa, António Guterres sobre o prestígio de Portugal, João Lobo Antunes sobre a revolução na Saúde, José Mourinho sobre o Desporto, Américo Amorim sobre a Economia ou Francisco Pinto Balsemão sobre os Media. Às reportagens e às entrevistas, somámos uma grande infografia sobre as principais mudanças no País, que prova como vivemos mais e com melhor qualidade e como somos mais escolarizados. A aposta infográfica passa também por uma explicação de como foi, quase minuto a minuto, o desenrolar da Revolução dos Cravos. As fotos atuais são assinadas por Orlando Almeida e as ilustrações foram feitas por André Carrilho. A fechar esta edição especial, três artigos: Jorge Sampaio assina "Abril, sempre", Mota Amaral disserta sobre "Soares e Eanes na Revolução" e o cientista Rui Costa escreve o texto "Uma gaivota voava, voava", mais virado para o futuro.