Olena Zelenska: "A guerra na Ucrânia fez o meu filho querer ser um soldado"

De visita aos EUA, a primeira-dama ucraniana explicou que o impacto da guerra fez com que o seu filho perdesse o interesse em passatempos comuns, querendo agora "aprender artes marciais e saber como usar uma espingarda".
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A primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, diz que a guerra na Ucrânia afetou a sua própria família e fez com que o seu filho mais novo perdesse o interesse nos seus passatempos, pretendendo agora tornar-se um soldado.

Numa entrevista exclusiva à NBC News, Zelenska admite que Kyrylo, de apenas nove anos, quer "aprender artes marciais e saber como usar uma espingarda".

"Antes da guerra, o meu filho costumava ir à dança e tocava piano. Aprendeu inglês e frequentava um clube desportivo". No entanto, com o impacto da guerra, "obviamente que ele agora quer ser um soldado. Não posso trazê-lo de volta às artes e humanidades", resumiu.

De visita aos Estados Unidos da América, Olena Zelenska encontrou-se com líderes do Congresso, apelando a mais armas para fazer recuar a invasão russa: "Estou a pedir algo que nunca quereria pedir. Estou a pedir armas - armas que não seriam usadas para travar uma guerra nas terras de outra pessoa, mas para proteger as casas e o direito de acordar vivo".

"Enquanto a Rússia mata, a América salva", frisou.

Num discurso de 15 minutos, a primeira-dama apresentou fotografias e vídeos de crianças ucranianas que foram mortas ou feridas durante a guerra, e descreveu o medo, o sentimento de perigo e a preocupação que tem dominado os ucranianos, sublinhando o desejo de que as crianças possam voltar à normalidade.

"Queremos que cada pai e cada mãe possa dizer aos seus filhos: 'Vão dormir em paz. Não haverá mais ataques aéreos, não haverá mais ataques com mísseis. Será pedir demasiado?", questionou durante o discurso. "Mas, infelizmente, a guerra ainda não acabou, o terror continua", acrescentou.

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