OJ Simpson é um homem livre após cumprir liberdade condicional

Antigo atleta, agora com 74 anos, foi libertado da prisão em Nevada em 2017, onde cumpriu nove anos por assalto à mão armada num caso que envolveu artigos desportivos históricos.
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OJ Simpson, o jogador de futebol americano que se tornou estrela de cinema e cujo julgamento por duplo homicídio chocou e dividiu os Estados Unidos na década de 1990, é um homem completamente livre, depois de ter cumprido um período de liberdade condicional, confirmou esta terça-feira a polícia.

Simpson, agora com 74 anos, foi libertado da prisão em Nevada em 2017, onde cumpriu nove anos por assalto à mão armada num caso que envolveu artigos desportivos históricos.

Estava programado que o período de liberdade condicional fosse encerrado em fevereiro, mas a decisão acabou por ser antecipada.

"O Conselho de Comissários de Liberdade Condicional de Nevada conduziu uma audiência de dispensa antecipada para o Sr. Simpson", explicou o porta-voz da polícia de Nevada, Kim Yoko Smith.

"A decisão de conceder a liberdade condicional antecipada foi ratificada a 6 de dezembro de 2021. O Conselho concedeu créditos em valor igual ao tempo restante da pena para reduzir a pena em tempo cumprido", acrescentou.

Com uma vida pública digna de um filme, OJ Simpson começou como um proeminente running back no futebol universitário, ganhando o cobiçado Troféu Heisman de melhor jogador do país, antes de fazer carreira na NFL. Depois tornou-se estrela de cinema.

Em 1994, milhões de americanos assistiram à perseguição de Simpson nas estradas do sul da Califórnia ao vivo pela televisão. O antigo atleta estava a viajar a bordo de um jipe dirigido por um amigo e seguido por um comboio da polícia, numa suposta tentativa de fugir do suposto duplo assassinato da sua ex-mulher e de um amigo dela.

A 12 de junho de 1994, Nicole Brown Simpson, de 25 anos, foi esfaqueada até à morte junto com o amigo Ronald Goldman, que tinha ido devolver uns óculos de sol que a mãe dela tinha esquecido no restaurante onde ele trabalhava. Simpson sempre se declarou inocente da morte da ex-mulher e foi ilibado no julgamento, que durou quase um ano e foi transmitido pela televisão.

A família das vítimas processou-o mais tarde, com Simpson a ser condenado a pagar uma indemnização de 33,5 milhões de dólares em 1997. Mais tarde, acabaria mesmo por cumprir pena de prisão, mas por roubo e rapto, depois de ter tentado levar alguma memorabilia (objetos de coleção dos seus tempos como jogador de futebol na Universidade do Sul da Califórnia e da equipa dos Buffalo Bills) de um hotel de Las Vegas, tendo sido libertado em outubro de 2017.

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