Oito mortos e 891 novos casos. Incidência volta a baixar
Foram registados, nas últimas 24 horas, mais 891 casos de covid-19 em Portugal, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). No mesmo período, morreram oito pessoas devido à infeção por SARS-CoV-2, indica o relatório desta quarta-feira (22 de setembro).
Há agora 426 pessoas internadas com covid-19, constatando-se que, em relação ao dia anterior, 29 receberam alta, sendo que 78 doentes estão em unidades de cuidados intensivos, o mesmo número reportado no dia de terça-feira.
Dos oito mortos registados, quatro foram na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se registaram 323 novos casos. No Algarve foram declarados dois óbitos (99 novos casos), sendo que na região Centro morreu uma pessoa (111 casos), tal como no Alentejo (46 infeções). No que diz respeito aos restantes novos casos foram reportados 290 no Norte, 13 na Madeira e nove nos Açores.
A taxa de incidência voltou a baixar, passando a nível nacional dos 149,1 para os 137,4 casos de infeção por 100 mil habitantes, enquanto no continente passou dos 152,4 para os 140,1 casos de infeção por 100 mil habitantes.
Em relação à anterior atualização, o R(t) mantém-se nos 0,82 em todo o território e nos 0,81 no continente.
Portugal tem, atualmente, 32 269 casos ativos da doença, mostram os dados sobre a evolução da pandemia em Portugal na véspera da reunião do Conselho de Ministros, onde deverá ser aprovada um conjunto de novas medidas do plano de desconfinamento delineado pelo Governo.
A Associação Nacional de Discotecas mostrou-se expectante com a decisão que poderá sair da reunião de quinta-feira do Conselho de Ministros em relação à reabertura do setor, alertando que os ajuntamentos de jovens, sem qualquer tipo de controlo, podem espalhar o vírus.
José Gouveia, da Associação Nacional de Discotecas (ADN) explicou à Lusa que o último contacto que teve com o Governo foi há cerca de duas semanas e, ainda assim "foi informal", para perceber "os intentos e saber estratégia para o futuro".
"Estamos com alguma expectativa, já que nos foi dito que não haveria antecipação das medidas e que as discotecas só reabririam na fase 3 do plano de desconfinamento, em outubro, independentemente de a vacinação atingir os números que se prevê atingir esta semana", disse.
José Gouveia afirmou ser com apreensão que a associação tem visto as situações ocorridas na zona de Santos, em Lisboa, e na Rua de São Paulo e outros locais da cidade, como os ajuntamentos de jovens, que também se vão propagando pelo país, também com festas privadas em praias ou quintas, frisando que se trata de uma situação para a qual a ADN já havia alertado no verão e antes mesmo de o verão começar.
Isto numa altura em que Portugal tem já 83% da população com a vacinação completa contra a covid-19, de acordo com o relatório da vacinação da DGS. Uma percentagem que representa 8 546 688 pessoas, segundo a autoridade nacional de saúde.
Já 86% da população - quase 8,9 milhões de pessoas - tem pelo menos uma dose da vacina.
Quanto à cobertura por regiões, apenas os Açores (79%) e o Algarve (76%) estão abaixo dos 80% de vacinação completa.
O Norte continua a liderar no que se refere à população que concluiu a sua vacinação (85%), seguido de perto pelo Centro e o Alentejo, as duas regiões com 84%, Lisboa e Vale do Tejo (81%) e a Madeira (80%).
Ainda no que se refere à evolução da pandemia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) fez saber esta quarta-feira que os 3,6 milhões de casos mundiais de covid-19, registados na semana entre 13 e 19 de setembro, representaram uma descida de 9% relativamente aos sete dias anteriores, o que resulta na segunda semana consecutiva de descida a nível global.
No mesmo período morreram 59 000 pessoas, menos 7%, pelo que a semana passada foi a quarta consecutiva de descida no número de óbitos, acrescentou a organização no mais recente relatório epidemiológico.
No documento, a OMS também adverte que a variante Delta, mais contagiosa e principal causa da vaga de covid-19 registada nos últimos meses no planeta, já está presente em 90% dos casos mundiais, segundo o acompanhamento que está a ser feito do genoma do coronavírus através da iniciativa GISAID.
A nível global, a pandemia afetou até agora 229 milhões de pessoas, das quais cerca de 4,7 milhões morreram.