Ogier acelera pelo recorde de vitórias no Rali de Portugal
É uma competitividade ilusória. Apesar da variedade de vencedores e pódios diferentes nas primeiras cinco corridas do ano, Sébastien Ogier é o ultrafavorito à conquista de mais um triunfo no Rali de Portugal - sexta etapa da edição de 2018 do Campeonato Mundial de Ralis/WRC, que se inicia amanhã, em Lousada (com transmissão nos canais RTP). O piloto francês, da M-Sport Ford, vai acelerar em busca do recorde de vitórias na prova portuguesa: persegue a sexta (após 2010, 2011, 2013, 2014 e 2017).
Depois de ter igualado, no ano passado, o máximo de cinco triunfos do finlandês Markku Alén (1975, 1977, 1978, 1981 e 1987), Sébastien Ogier pode fixar-se, por fim, como o maior da história do Rali de Portugal - precisamente o palco onde conquistou a primeira vitória no WRC, ainda durante a fase hegemónica do compatriota Sébastien Loeb.
O piloto gaulês, atual pentacampeão mundial de ralis (sucedeu ao heptacampeonato de Loeb), parte como claro favorito para mais uma edição da prova portuguesa passada entre Douro e Minho - com 20 classificativas entre amanhã e domingo de manhã, nove delas repetidas, incluindo a especial da Baixa do Porto. Ogier venceu três dos cinco ralis realizados neste ano (Monte Carlo, México e Córsega) e lidera o Mundial, com cem pontos - dez de avanço sobre o belga Thierry Neuville (Hyundai) e 28 sobre o estoniano Ott Tänak (Toyota).
Neuville e Tänak venceram as outras provas desta temporada (Suécia e Argentina, respetivamente) - onde Ogier não foi além de 10.º e 8.º. No entanto, apesar da competitividade - além deles, também já foram ao pódio o norueguês Andreas Mikkelsen, o espanhol Dani Sordo (ambos Hyundai), o britânico Kris Meeke (Citroën) e o finlandês Jari-Matti Latvala (Toyota) - é no gaulês que todos os olhos se fixam. Afinal, é a principal vedeta entre os 45 carros inscritos (14 na categoria principal).
Além de Sébastien Ogier, só há outros quatro participantes que já venceram o Rali de Portugal: Mads Ostberg (2012), Jari-Matti Latvala (2015), Kris Meeke (2016) e Armindo Araújo (2003, 2004, 2006). O piloto de Santo Tirso, que triunfou em três edições em que a corrida não contava para o WRC, está neste ano de regresso, prometendo animar a luta pelo título de melhor português (esta é também a quarta prova do Campeonato de Portugal de Ralis).
Miguel Campos (melhor português em 2016 e 2017) e Ricardo Moura (líder do campeonato nacional) não participam, por falta de apoios. Assim, os principais concorrentes da disputa pela coroa nacional são Armindo Araújo (Hyundai) - que voltou à competição, após cinco anos de ausência - e José Pedro Fontes (Citroën) - que, no ano passado, sofreu um grave acidente no Rali de Portugal que o afastou do resto da temporada - com Pedro Meireles, Miguel Barbosa (ambos Skoda) e muitos outros à espreita.