A aliança árabe-curda, que lançou uma ofensiva para conquistar Raqqa, o bastião sírio do grupo extremista Estado Islâmico, acordou com os Estados Unidos que a Turquia não terá participação nesta operação na Síria, anunciou hoje o grupo.."As Forças Democráticas da Síria (FDS) chegaram a um acordo com a coligação internacional (dirigida pelos Estados Unidos) que a Turquia e as suas fações aliadas não terão participação na ofensiva sobre Raqqa", disse à agência de notícias francesa France Presse Talal Sello, porta-voz do grupo sírio..As forças árabes-curdas, apoiadas pelos Estados Unidos na Síria, anunciaram hoje uma ofensiva para tomar a cidade de Raqa, bastião do grupo extremista Estado Islâmico (EI)..O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, havia dito em 27 de outubro que as operações militares da Turquia no norte da Síria se estenderiam a Raqqa..A FDS é uma aliança liderada pelas Unidades de Proteção do Povo do Curdistão (YPG) e tem sido um aliado fundamental da coligação liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico..Entretanto, a Turquia considera a YPG um grupo "terrorista" e, em agosto, lançou uma operação militar dentro do norte da Síria visando as forças curdas, bem como o Estado Islâmico.."A grande batalha pela libertação de Raqqa e da sua província começou", declarou ainda Jihan Sheikh Ahmad, uma porta-voz que leu um comunicado em Ain Issa, cidade situada a 50 quilómetros de Raqqa, que está nas mãos dos terroristas há dois anos e meio..A ofensiva na Síria, que recebeu o nome de "Cólera do Eufrates", mobilizou 30.000 homens e teve o seu início no terreno na noite de sábado, de acordo com a porta-voz..A operação visa libertar Raqqa "das forças do terrorismo mundial e do obscurantismo representado pelo Estado Islâmico, que tomou (a cidade) como a sua capital", segundo o comunicado..Este anúncio foi feito no momento em que já está em andamento uma outra operação que tem como objetivo retirar o grupo Estado Islâmico do seu bastião no Iraque, na cidade de Mossul..Raqa e Mossul são as duas últimas grandes cidades controladas pelo EI, que perdeu uma parte dos territórios conquistados na Síria e no Iraque em 2014.