Obras avançam no aeroporto de Lisboa com construção do terminal 2

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As obras de expansão do aeroporto da Portela avançam já na próxima semana, com o início da construção do terminal 2, que ficará localizado entre os dois radares, junto à Segunda Circular. Na primeira fase, o terminal vai funcionar apenas para embarques e a sua entrada em funcionamento deverá ocorrer durante o Verão. A obra, orçada em 18 milhões de euros, está a cargo do consórcio formado pela construtora Tomás Oliveira e pela Siemens. Este terminal vai funcionar essencialmente para os voos domésticos, que sobrecarregam a actual estrutura nas horas de ponta.

O terminal 2 é a primeira obra de um conjunto de infra-estruturas que constituem o plano de expansão da Portela, avaliado em 380 milhões de euros, que estará totalmente concluído em 2010.

Rui Vernes, vice-presidente da ANA - Aeroportos de Portugal, adiantou, num encontro com jornalistas, que estão também em fase de análise as propostas para a construção do novo terminal de carga, orçado em 27 milhões de euros. No total, candidataram-se 12 agrupamentos de empresas, onde pontificam as maiores construtoras, como a Teixeira Duarte, Mota-Engil e Ferrovial, entre outras. Em Maio, a ANA prevê iniciar a construção do complexo, desenhado para, numa fase inicial, movimentar cem mil toneladas de carga. O projecto salvaguardou uma área para a expansão da actividade das empresas de handling Portway e Groundforce. O concurso para construção da sala de recolha de bagagens já foi lançado.

O plano de expansão pretende dar resposta ao aumento de passageiros previsto para os próximos anos até à entrada em funcionamento do novo aeroporto da Ota, em 2017. Até lá, além das obras de alargamento, a ANA deu início a uma série de procedimentos para dar resposta ao movimento esperado. Assim, o número de aviões em pista para descolagem tem vindo a ser alargado, com a diminuição da distância entre os aparelhos para três milhas, contra as actuais cinco. O crescimento das operações da TAP e das companhias low cost explica a necessidade de adaptar a infra-estrutura aeroportuária, que se afirma cada vez mais como placa giratória entre a Europa e a América Latina. A perspectiva de a TAP adquirir mais três aviões para aumentar a sua oferta no longo curso e o número de voos para o Brasil reforça mais a necessidade de expandir o aeroporto. Nuno Costa, director de marketing da ANA, salienta que uma das "lacunas" da Portela é a fraca operação nos voos intercontinentais, por "falta de capacidade".

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