Obra-prima do supersónico Rafa em vitória que mantém sonho do segundo lugar
O Benfica venceu o Estoril por 2-1e mantém o sonho de chegar ao segundo lugar da I Liga, conservando a desvantagem de seis pontos em relação ao Sporting, quando faltam jogar sete jornadas. Na partida de ontem, Nélson Veríssimo apostou em Maité e Yaremchuk nos lugares dos castigados Taarabt e Darwin Núñez. Isto num dia de muita chuva em Lisboa, que certamente afastou alguns milhares de espectadoresda Luz.
O jogo começou muito vivo e com oportunidades de golo para ambas as equipas nos primeiros 9 minutos - Gonçalo Ramos e Grimaldo obrigaram o guarda-redes Dani Figueira a duas grandes defesas e Mboula atirou ao poste da baliza de Vlachodimos. A partir desta última oportunidade de golo, o Estoril partiu para dez minutos de domínio absoluto, com o Benfica a ver jogar os visitantes, exímios na forma como trocavam a bola no meio-campo ofensivo. E Soría esteve muito perto de fazer o 0-1, mas Vlachodimos realizou grande defesa.
Mesmo sem jogar bem, o Benfica ia colecionando alguns lances de perigo junto da baliza dos visitantes, nomeadamentepor Gonçalo Ramos, Vertonghen e Gilberto. Mas o futebol das águias não era fluído, com óbvias culpas para os médios Weigl e Meité.
Este último tinha sido muito elogiado pela exibição em Amesterdão, num jogo em que foi preciso essencialmente controlar danos e fazer contenção. Mas ontem, quando era preciso jogar para a frente e mostrar desenvoltura, mostrou-se muito "perro".
O ambiente estava morno até que aos 33" Rafa recebeu a bola pouco depois da grande área do Benfica e foi por ali fora, só parando para rematar com sucesso para dentro da baliza estorilista. Sem dúvida um dos melhores golos da sua carreira e deste campeonato, com o avançado português a correr mais com abola do que os seus adversários sem bola. E, curiosamente, numa altura em que ficou de fora do lote de convocados da Seleção Nacional para o play-off de apuramento para o Mundial.
A segunda parte começou praticamente com uma grande oportunidade de golo para o Estoril, com Vertonghen a salvar em cima da linha de golo o remate de André Franco. No entanto, logo a seguir, o Benfica foi mais eficaz, com Gonçalo Ramos, oportuno, a desviar com sucesso uma assistência de Gilbertoe a marcar pela sétima vez em partidas oficiais. Mais uma vez, o jovem avançado português apresentou-se num nível elevado, mostrando estar a atravessar bom momento de forma.
Aos 63 minutos, João Mário substituiu Yaremchuk, depois de três jogos em que foi suplente não utilizado. De referir que o médio português somou o décimodesafio consecutivo sem ser titular (a última vez que figurou no onze inicial foi na final da Taça da Liga com o Sporting). Aos 67" Rafa voltou a aparecer em grande estilo, com remate de fora da área travado por Dani Figueira. Seria mais um grande golo do avançado...
Até ao final, destaque ainda para a entrada de Henrique Araújo, que por pouco não repetiu o que conseguiu há dias com o Gil Vicente: marcar na primeira vez que tocou na bola.E até houve tempo para André Almeida somar 9 minutos em campo. O defesa, como se sabe, não tem sido propriamente bem recebido pelos próprios adeptos, mas Nélson Veríssimo quererá ter mostrado que ainda conta com ele.
Parecia que o Benfica iria conseguir manter a sua baliza a zero, algo que só conseguiu em oito das 27 jornadasda I Liga (e em três desafios em casa), mas André Franco reduziu em período de descontos. No total, os encarnados já sofreram 48 golos em 46 encontros oficiais. Já no que toca a golos marcados, faltam apenas dois golos para a equipa atingir a marca redonda dos 100. Acontecerá em Braga, no difícil jogo da próxima ronda da I Liga, após a paragem das seleções nacionais?