A Câmara de Faro assinou o auto de consignação da obra da nova ponte de acesso à Praia de Faro, empreitada que será iniciada "em breve" e cujo prazo de execução é de 18 meses, divulgou a autarquia..Em comunicado, a autarquia refere que o seu presidente, Rogério Bacalhau, assinou o auto de consignação da empreitada da nova ponte, obra que vai representar encargo total de mais de 6,6 milhões de euros, dos quais 1,5 milhões foram adicionados face à proposta inicialmente adjudicada..De acordo com o município, a revisão extraordinária de preços, aprovada em assembleia municipal em finais de julho, "pretendeu dar resposta à situação excecional que provocou aumentos abruptos nos preços das matérias-primas, dos materiais e da mão-de-obra, com impacto na construção e nos custos dos trabalhos previstos nesta empreitada, com uma importância crucial" para o concelho.."A obra, com prazo de execução de 540 dias (18 meses), deverá ter início em breve e prevê a construção de uma nova ponte de acesso à Praia de Faro, que substituirá a atual e será localizada num traçado paralelo a Nascente desta", lê-se na nota..A autarquia acrescenta que a nova estrutura ficará a uma distância que "acautela, entre outros fatores, a necessidade de execução dos trabalhos de demolição da ponte atual -- cujos custos de remoção serão igualmente suportados pela Autarquia --, após a conclusão e entrada em funcionamento da nova estrutura, que vai cobrir uma distância de cerca de 180 metros, com um tabuleiro de 11 metros de largura"..O novo tabuleiro terá duas faixas para circulação automóvel, permitindo também o acesso de transportes públicos coletivos à Praia de Faro, e dois passeios pedonais, um deles com uma largura que permite a existência de circulação pedonal e ciclável..A construção da nova ponte da Praia de Faro é uma ambição antiga da autarquia, com vários anos de avanços e recuos, depois de os três primeiros concursos para a sua adjudicação terem chegado ao fim sem qualquer concorrente..Em março de 2021, a Câmara de Faro anunciou que o quarto concurso tinha terminado com quatro candidaturas e, após a seleção de um dos concorrentes (o consórcio formado pelas empresas Extraco -- Construccións e Proxectos, Sociedade Anónima -- Sucursal em Portugal e Misturas Obras e Proxectos, S.A.), as obras deveriam iniciar-se até final desse ano..Este prazo foi em seguida afetado pela necessidade de revisão dos custos e de aprovação da verba adicional de 1,5 milhões de euros necessária para responder aos aumentos motivados pela crise energética e pela guerra na Ucrânia.