Obama recusa intimidação do Estado Islâmico
Obama participou esta manhã numa conferência de imprensa com o presidente Estónio, Toomas Hendrik, em Tallinn. O presidente norte-americano referiu-se à missão do jornalista assassinado e aos seus pais: "O país está com eles".
Numa declaração que foi seguida de perguntas dos jornalistas, Obama acentuou "O país está de luto" e dirigiu algumas palavras aos pais da vítima.
O Estado Islâmico divulgou na terça-feira um vídeo em que mostra a decapitação do jornalista americano Steven Sotloff, que estava seu refém desde agosto de 2013. Islamitas ameaçam agora matar um terceiro refém, o britânico David Haines. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, reuniu esta manhã o gabinete de crise.
O jornalista Steven Sotloff, de 31 anos, estava desaparecido desde agosto de 2013 enquanto fazia cobertura noticiosa da guerra civil na Síria.
Os islamitas tinham ameaçado matar Sotloff no final de agosto, mostrando-o no final do vídeo da decapitação do colega James Foley. O mascarado que corta a cabeça de Foley, exibe Sotloff, advertindo que este terá o mesmo destino que seu colega, caso os EUA não suspendam os seus ataques conta o grupo islamita.
O vídeo tem o título de "Segunda Mensagem para a América". Antes de Sotloff ser decapitado, diz perante a câmara que vai "pagar o preço" da intervenção dos EUA contra o Estado Islâmico. A seguir, um indivíduo mascarado dirige-se diretamente a Barack Obama, afirmando que "assim como os vossos mísseis continuam a cair sobre o nosso povo, a nossa lâmina continuará a cortar o pescoço" dos reféns em poder dos islamitas.
Obama está Tallinn onde vai reunir-se com dirigentes dos três países bálticos, sobre a crise provocada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia e a cimeira da NATO, na quinta e sexta-feira, como cenário de fundo.