"Todos sabem que o Presidente está empenhado na missão de desmantelar e derrotar a Al-Qaeda e ao mesmo tempo em assegurar um caminho para acabar com a guerra, que terminará este ano", salientou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, na sua conferência de imprensa diária..Gates, que foi o último secretário de Defesa na administração do Presidente republicano George W. Bush e continuou no cargo com Barack Obama até junho de 2011, assegura no seu livro de memórias que Obama não acreditava na sua própria estratégia para o Afeganistão e desconfiava dos conselhos dos seus assessores militares..No início de 2010, Obama "não acreditava na sua própria estratégia [para a guerra do Afeganistão] e não considerava esta guerra como sua", escreveu Gates, segundo excertos do livro divulgados no jornal The Washington Post.."Para ele, apenas se tratava de sair" do Afeganistão e Obama "era cético, para não dizer que estava absolutamente convencido" de que a sua estratégia "fracassaria", lê-se..Após ser conhecido na terça-feira o conteúdo das memórias, nas quais Gates critica o trabalho de política externa e de segurança do vice-presidente, Joe Biden, a Casa Branca divulgou um comunicado contestando os comentários do ex-chefe do Pentágono..Carney insistiu que "o Presidente acredita totalmente na missão [do Afeganistão]", apesar de saber "que é difícil"..No livro "Duty: Memoirs of a Secretary at War (Dever: Memórias de um secretária de Defesa na Guerra)", que é lançado no próximo dia 14, Gates afirma no final que pensa que Obama "fez o correto em cada uma das decisões" que tomou no Afeganistão, o que o porta-voz da Casa Branca também assinalou.