O Sonho Americano de Benicio Del Toro

A figura de "duro" esconde um ator capaz de representar as mais delicadas nuances emocionais
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Se quisermos ficar no plano da clássica mitologia cinéfila, podemos dizer que a trajetória de Benicio Del Toro no interior da indústria cinematográfica de Hollywood ilustra de forma exuberante a concretização de um genuíno Sonho Americano.

Porque, além do mais, há uma diferença entre o jovem porto-riquenho que chega à Califórnia em meados da década de 80 para estudar economia e o ator que, no ano 2001, consegue a sua primeira nomeação para um Óscar (melhor ator secundário em Traffic - Ninguém Sai Ileso, de Steven Soderbergh), acabando por... vencer!

Nascido em San Juan, Porto Rico, em 1967, Del Toro parecia ter o seu destino definido na área dos negócios. Foi nesse espírito que o pai (a mãe faleceu, vitimada por hepatite, quando ele tinha nove anos) o encaminhou para a Universidade da Califórnia, em San Diego, depois de ter passado pela prestigiada Academia de Mercersburg, na Pensilvânia.

O certo é que a atração do ensino de Stella Adler, em Los Angeles, foi mais forte que tudo o resto, levando Del Toro a inscrever-se na sua escola de representação, numa época em que por lá passaram nomes como Mark Ruffalo, Salma Hayek ou Sean Astin (o intérprete de Samwise Gamgee na trilogia de O Senhor dos Anéis).

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