O regresso do medo da guerra

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Um conjunto de circunstâncias levou a uma nova escalada de violência em Israel e na Faixa de Gaza. A sombra do conflito nunca saiu da mente de quem vive nestas regiões, mas, infelizmente, a situação agora assume outras proporções mais perigosas. É urgente parar, o mais cedo possível, com este extremar de posições.

Imagine que chega a casa depois de um dia de trabalho, dá um abraço aos seus filhos e começa a preparar o jantar enquanto liga a televisão ou a rádio. De repente, houve sirenes de alarme. Ouve bombardeamentos e gritos - percebe que não estão longe, mas muito perto da sua casa. Para muitos, este não é um caso de imaginação. É a realidade dos últimos dias.

Num ápice, a violência voltou a Jerusalém e Faixa de Gaza. Numa zona em que os ânimos nunca amenizaram por completo, esta nova escalada perigosa que vivemos é, na verdade, diferente das outras. A progressão está a acontecer de uma forma muito mais rápida e os resultados são também mais sangrentos, com mortes de vários civis, incluindo crianças. E os alvos não têm sido só instalações militares, mas, justamente, também civis.

Ao longo dos últimos dias, temos lido muitas notícias sobre o tema, em vários meios de comunicação do mundo. Todavia, nem sempre a verdade é contada por inteiro, mas apenas um lado da história. A verdade é que, num conflito, há perdas de todos os lados, há sofrimento que se podia evitar de um lado e do outro. E, em qualquer caso, é importante procurar mais informação possível e descortinar os dois pontos de vista.

Atualmente, o medo instalou-se nesta região do globo. As pessoas têm medo de sair das suas casas, as crianças não conseguem dormir. Ninguém sabe o que poderá acontecer nos próximos dias, mas a possibilidade de uma nova guerra é cada vez mais real. Israel tem o direito de se defender do terror e da violência. Cabe agora aos líderes lutarem o mais possível para evitar que mais israelitas inocentes morram. Este é um momento de terror provocado por extremistas que deve acabar já. Só assim a paz regressará finalmente, para que possamos abraçar os nossos filhos com tranquilidade e mais esperança no futuro.

Presidente da Associação Judaica Over The Rainbow Portugal

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