O que se passou com a aclamação de Malick?
Antes de A Árvore da Vida, Terrence Malick era o cineasta americano mais venerado pela crítica. Depois, começou a dividir. Com A Essência do Amor e Cavaleiro de Copas tornou-se um alvo a abater. É como se a maioria da crítica internacional tivesse perdido a paciência com o seu método. A estética de ângulo de peixe do seu diretor de fotografia (Emmanuel Lubezki), a montagem fragmentada e os diálogos sussurrados tornaram-se embirração.
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O Indiewire (importante site americano) fez um inquérito entre vários críticos e a opinião de base é que Malick filma clichês, que é melhor desistir dele ou que filma sem alvo. Voyage of Time, o anterior documentário exibido em Veneza, foi ridicularizado e corre o risco de nunca o podermos ver em sala. Mas Música a Música tem colecionado ódios de estimação que dão nas vistas. Por exemplo, na Rolling Stone, Peter Travers escreve que o cineasta toca todas as notas erradas, enquanto que Robin Collin no Telegraph jura que o filme não tem sangue.
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A questão com que se fica é se a insistência de Malick em seguir um romantismo muito próprio não será por estes dias um pecado "maior" para uma crítica cínica que mais tarde ou mais cedo tinha de o tirar do lugar do mito? Ainda assim, Música a Música tem também os seus aficionados. Malick, por muitos haters que tenha, pelo menos divide.
O espetador "team Malick" entrará na sala sempre com um pé à frente...Os outros só têm de evitar o pé atrás com o hype negativo em torno do realizador.
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