O preço do chocolate pode subir

<b>O preço do cacau já está cerca de 30% mais alto</b> do que na mesma altura do ano passado, segundo a PricewaterhouseCoopers.
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Os analistas da PricewaterhouseCoopers alertaram segunda-feira num comunicado para um potencial "efeito ébola" que possa desestabilisar os preços do cacau. Esses preços são já muito sensíveis a variações devidas a guerras, crises políticas ou ao estado do tempo, portanto a chegada da epidemia do ébola aos países produtores poderia estar na raiz de uma nova crise.

O atual surto da doença atinge países que são fronteiriços da Costa do Marfim. 60% do cacau mundial é produzido na Costa do Marfim e no Gana, que faz fronteira com a primeira. Agora que a OMS prevê que os casos semanais de ébola possam subir para os dez mil semanais, a preocupação de que a epidemia chegue a estes países produtores de cacau torna-se muito real.

Os analistas do Deutsche Bank, citados pelo Estadão, dizem mesmo, acrescentando outros produtos que vêm da África Ocidental: "Guiné, Libéria e Serra Leoa representam menos de 2% da produção mundial de café, cacau, borracha, óleo de palma e algodão. No entanto, a maior preocupação está na possibilidade de a doença se espalhar para a Costa do Marfim e Gana, que respondem por 60% da produção global."

O preço do cacau já está cerca de 30% mais alto do que na mesma altura do ano passado, segundo a PricewaterhouseCoopers.

Um porta-voz da Mondelez, empresa a que pertence a Cadbury, falou ao news.com.au dizendo que a empresa está atenta à situação. "A nossa principal prioridade é certificarmo-nos da segurança do nosso pessoal. Neste momento não estamos conscientes de nenhuma ameaça imediata ao nosso fornecimento." O porta-voz não quis comentar a questão dos preços.

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