"O pior que nos podia acontecer era uma crise", alerta Nóvoa

Ainda há margem para diálogo nas 35 horas, avalia Sampaio da Nóvoa. Que deixa avisos aos partidos da esquerda
Publicado a
Atualizado a

Sampaio da Nóvoa defendeu hoje que é importante repor os direitos laborais, mas foi apontando a necessidade do Governo, trabalhadores e empresas se entenderem sobre a reposição das 35 horas semanais para a função pública, "agora que o país entra numa nova fase". E com um aviso aos partidos à esquerda que viabilizaram o executivo de António Costa.

"O pior que nos podia acontecer era uma situação de crise que não permitira consolidar este novo tempo e que é essencial para o nosso bem-estar", respondeu, quando interpelado sobre a vontade do BE e do PCP, que acompanham os sindicatos, na necessidade de serem já repostas as 35 horas semanais.

Os acordos à esquerda, disse, nunca iriam ser "fáceis" nem "imediatos" nem "iam resolver como uma varinha de condão os problemas todos". Mas, insistiu, é preciso "acompanhar com muito cuidado mas com a convicção de que eles são essenciais para a estabilidade do governo e o futuro dos portugueses".

Questionado pelos jornalistas, em Campo Maior, de visita à fábrica da Delta Cafés, o candidato independente começou por defendeu que o país vive "numa fase em que é muito importante que se reponham direitos laborais". Mas também insistiu no diálogo. "Os processos de acordo são sempre longos, é preciso criar compromissos, de ter uma cultura de negociação e compromisso, que é o melhor que nos está a acontecer neste momento, e isto leva tempo, nas negociações entre trabalhadores e empresas."

Recusando dar conselhos ao Governo, no caminho a seguir com os sindicatos que preparam uma greve geral, Sampaio da Nóvoa disse acreditar que ainda há "margem para o diálogo". "A margem para o diálogo existe sempre e essa margem tem estado presente na sociedade portuguesa nas últimas semanas, quando muitos anunciavam visões mais ou menos tremendistas", atirou.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt