O Orçamento do Estado para 2019, apesar de ter a sua votação final agendada apenas para novembro próximo, produziu já um resultado: a confirmação do fim da fantasia criada pela direita em Portugal de que à esquerda não se governa com responsabilidade. Bem ao contrário dessa ilusão, eis que o Orçamento do Estado para 2019 surge como o corolário de um percurso que materializa e realiza os sucessos que a oposição considerava uma fantasia. Ao recusar de todo e logo à partida a possibilidade de chegarmos onde estamos hoje, a oposição mais não fez do que inconscientemente confirmar que, afinal, não é à esquerda que não se sabe governar com responsabilidade, mas sim à direita que não se sabia como governar sem recorrer à irresponsabilidade da austeridade extrema..A realidade, por muito que doa à oposição, é mesmo que o Orçamento do Estado para 2019 é um orçamento que advém do equilíbrio. Um saldo orçamental para 2019 com um valor abaixo dos 0,2%, deixa bem claro que o governo está consciente de que a conquista do futuro, expandir a economia e criar emprego, só tendo por base um défice em contínuo desagravamento. Todos temos beneficiado deste rigoroso exercício..Este OE espelha o percurso de uma legislatura orientada por um entendimento governativo inédito em Portugal, em que se elegeu o diálogo que busca o consenso como o elemento fiscalizador da ação governativa. Do diálogo permanente com a sociedade e com os parceiros de governação, surge um Orçamento que concebe a recuperação do rendimento das famílias, o crescimento inclusivo, o investimento das empresas, a inovação e a fiscalidade saudável, juntamente com outros vetores, como algo profundamente simbiótico e interdependente..A par da complexa estruturação técnica indissociável dos números, das contas, dos gastos e das receitas, elaborar um Orçamento é indiscutivelmente harmonizar imperativos com possibilidades e, inevitavelmente, fazer escolhas. E é nestas escolhas que se aferem as prioridades de quem governa. Só o aumento do financiamento do Serviço Nacional de Saúde em 500 milhões de euros em relação a 2018, perfazendo, no conjunto, mais de 1200 milhões de euros de reforço do programa orçamental de saúde desde 2015, não falaria por si?.Mas temos também (sem esgotar, claro) a finalização da reforma do IRS, um aumento do conjunto de prestações sociais superior a 3500 milhões de euros e a redução da taxa do IRC como contrapartida da criação de emprego no interior. Tudo isto - e o mais - revela que a opção do governo foi pelas pessoas e pelo princípio da dignidade humana..O Orçamento do Estado para 2019 é o orçamento do respeito. Do respeito pelo percurso que se efetuou até aqui, pelo futuro de todos e pelos valores que sempre regeram a esquerda democrática em Portugal..À oposição resta despir a fantasia, vestir o discurso da realidade e aligeirar o fardo de carregar o mito eleitoralista de uma hipotética insustentabilidade financeira que, mesmo tão invocada, nunca chegou. E refletir para ultrapassar não só os problemas de identidade ideológica, mas também refletir sobre o que é ser, no fim de contas, oposição responsável..Deputada do PS.Escreve de acordo com a antiga ortografia
O Orçamento do Estado para 2019, apesar de ter a sua votação final agendada apenas para novembro próximo, produziu já um resultado: a confirmação do fim da fantasia criada pela direita em Portugal de que à esquerda não se governa com responsabilidade. Bem ao contrário dessa ilusão, eis que o Orçamento do Estado para 2019 surge como o corolário de um percurso que materializa e realiza os sucessos que a oposição considerava uma fantasia. Ao recusar de todo e logo à partida a possibilidade de chegarmos onde estamos hoje, a oposição mais não fez do que inconscientemente confirmar que, afinal, não é à esquerda que não se sabe governar com responsabilidade, mas sim à direita que não se sabia como governar sem recorrer à irresponsabilidade da austeridade extrema..A realidade, por muito que doa à oposição, é mesmo que o Orçamento do Estado para 2019 é um orçamento que advém do equilíbrio. Um saldo orçamental para 2019 com um valor abaixo dos 0,2%, deixa bem claro que o governo está consciente de que a conquista do futuro, expandir a economia e criar emprego, só tendo por base um défice em contínuo desagravamento. Todos temos beneficiado deste rigoroso exercício..Este OE espelha o percurso de uma legislatura orientada por um entendimento governativo inédito em Portugal, em que se elegeu o diálogo que busca o consenso como o elemento fiscalizador da ação governativa. Do diálogo permanente com a sociedade e com os parceiros de governação, surge um Orçamento que concebe a recuperação do rendimento das famílias, o crescimento inclusivo, o investimento das empresas, a inovação e a fiscalidade saudável, juntamente com outros vetores, como algo profundamente simbiótico e interdependente..A par da complexa estruturação técnica indissociável dos números, das contas, dos gastos e das receitas, elaborar um Orçamento é indiscutivelmente harmonizar imperativos com possibilidades e, inevitavelmente, fazer escolhas. E é nestas escolhas que se aferem as prioridades de quem governa. Só o aumento do financiamento do Serviço Nacional de Saúde em 500 milhões de euros em relação a 2018, perfazendo, no conjunto, mais de 1200 milhões de euros de reforço do programa orçamental de saúde desde 2015, não falaria por si?.Mas temos também (sem esgotar, claro) a finalização da reforma do IRS, um aumento do conjunto de prestações sociais superior a 3500 milhões de euros e a redução da taxa do IRC como contrapartida da criação de emprego no interior. Tudo isto - e o mais - revela que a opção do governo foi pelas pessoas e pelo princípio da dignidade humana..O Orçamento do Estado para 2019 é o orçamento do respeito. Do respeito pelo percurso que se efetuou até aqui, pelo futuro de todos e pelos valores que sempre regeram a esquerda democrática em Portugal..À oposição resta despir a fantasia, vestir o discurso da realidade e aligeirar o fardo de carregar o mito eleitoralista de uma hipotética insustentabilidade financeira que, mesmo tão invocada, nunca chegou. E refletir para ultrapassar não só os problemas de identidade ideológica, mas também refletir sobre o que é ser, no fim de contas, oposição responsável..Deputada do PS.Escreve de acordo com a antiga ortografia