O novo aeroporto de Lisboa
Os aspectos económicos e operacionais foram determinantes e superaram os maiores impactes ambientais identificados na margem esquerda do Tejo. O Governo não perdeu tempo e logo aprovou o novo local, tendo prometido e já anunciado um pacote de investimentos quase da mesma dimensão, três mil milhões de euros, em projectos de compensação para a zona Oeste.
Com a mudança de local do aeroporto, os defensores da margem Sul, designadamente a CIP (Confederação da Indústria Portuguesa) reivindicaram também a reavaliação do corredor para a terceira travessia do Tejo que o Executivo já tinha decidido construir entre Chelas/Barreiro, o que teria também implicações no traçado do comboio de alta velocidade, e atrasos na linha Lisboa/Madrid. O LNEC estudou também a alternativa proposta, Beato/Montijo, mas desta vez manteve a opção do Governo. Com a decisão de lançar um concurso internacional para a terceira travessia, fica aberto novo diferendo com concessionárias das travessias do Tejo. A Lusoponte irá reclamar compensações pelo tráfego perdido na Vasco da Gama para a nova ponte, embora o Governo invoque o novo aeroporto mais que compensa a perda.
Aprovada a avaliação ambiental estratégica do novo local, avançam estudos e planos mais detalhados sobre o novo aeroporto. O Executivo aprova medidas restritivas para a construção em cerca de 11 concelhos e num raio de 20 quilómetros em redor do Campo de Tiro de Alcochete.