O medo segundo a Pixar

<em>A Viagem de Arlo</em>, de Peter Sohn
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Haverá demasiada perfeição no requinte realista desta nova técnica de animação? O próprio facto de se colocar essa questão talvez seja o "handicap" desta história de amizade entre um dinossauro e um menino órfão que se comporta como um selvagem.

Veja o trailer:

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Mesmo se pensarmos que esta dupla, o pequeno dinossauro assustado e o valente menino selvagem, não seja muito original ( as referências a O Livro da Selva são exageradas), há algo neles que nos conquista, têm o ADN das grandes personagens da Pixar. São sobretudo "criaturas" que não foram construídas para cair no disparate da predisposição dos gagues nem na piadola infantil. Porém, sisudo é o que o filme nunca é: os seus assomos de humor são dignos e com uma elegância que faz jus à melhor fábula. E, melhor de tudo, há uma ideia de western americano. Como uma odisseia sem canções mas com pirilampos e T-Rex's simpáticos.

Com mais ou menos rotinas, A Viagem de Arlo é bem recomendável como filme de Natal. Um estudo de personagem que nos remete para o princípio fundador dos clássicos da Walt Disney: o medo na infância.

Classificação: ***

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