O legado de 'Downton Abbey': nova vaga de séries históricas
Nos últimos anos, temos assistido ao fim de séries históricas como Boardwalk Empire, Os Borgia, Os Tudors, Rome e Spartacus, entre outras. A aclamada Downton Abbey também já tem fim marcado para 2016, quando terminar a sua sexta temporada. Agora, a indústria televisiva parece estar a apostar de novo na ficção de época, com o anúncio de duas séries que vão focar a família real britânica e o contexto social, económico e político do Reino Unido durante o reinado de duas rainhas, uma antiga, Vitória, e a atual, Isabel II.
Victoria, minissérie dramática de oito episódios que vai ser exibida no canal britânico ITV, vai focar-se na vida daquela que protagonizou um dos maiores reinados britânicos, desde os seus 18 anos, até aos 81, quando morreu em 1901. Uma data de estreia para a nova série sobre a Rainha Vitória, trisavó de Isabel II, ainda não foi revelada, mas os castings para o elenco já começaram. As gravações arrancam em setembro Daisy Goodwin assina o argumento da série, que começa a sua trama cerca de uma década depois da era retratada no início de Downton Abbey, os anos 10.
Nos EUA, o Netflix anunciou, por seu lado, uma nova série com estreia para 2016, inspirada em Isabel II. Cada temporada de The Crown, de 10 episódios cada, irá seguir uma década no reinado da mulher que está no trono britânico desde 1952. O projeto será escrito por Peter Morgan, o argumentista do filme A Rainha, protagonizado por Helen Mirren.
Não é de estranhar que duas séries históricas que têm lugar em Inglaterra estejam a ser preparadas por duas plataformas diferentes. Downton Abbey, protagonizada por Maggie Smith e Michelle Dockery, sobre a Inglaterra dos anos 10 e 20, já foi exportada para 220 países, é vista por uma audiência mundial de 120 milhões de pessoas e detém um recorde de 37 nomeações para os Emmys, o maior número alguma vez conseguido por uma série não norte-americana. Desses, a série da ITV venceu onze. Ainda, em 2011 entrou para o Guinness World Records como "a série mais aclamada pela crítica" naquele ano. Um fenómeno que já levou a revista Time a igualar a série de Julian Fellowes como "os Beatles da história do drama de época na TV".
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