O homem que desmaiou enquanto ouvia Samora Machel

A 13 dias da celebração de um Moçambique independente, o seu primeiro presidente fez um discurso de nove horas para agradecer o contributo da população de Manica.
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Em plena viagem triunfal de Samora Machel do Rovuma a Maputo, Sebastião Jairosse sucumbiu a nove horas de discurso do primeiro líder moçambicano, numa época em que a participação em eventos políticos era compulsiva e paga com o cansaço.

A 12 de junho de 1975, a escassos 13 dias da celebração da Independência de Moçambique, Samora orientou um longo comício na antiga Vila Pery (atual Chimoio), para agradecer a contribuição da população de Manica, numa das fortes e temidas frentes da guerra colonial, e Sebastião Jairosse estava lá.

"Já tinham passado nove horas de comício, em que o presidente Samora estava a agradecer e a exaltar o esforço da população de Manica durante a guerra, e eu já estava cansado e com fome, e quando me dei conta estava numa maca com a equipa médica", contou à Lusa Sebastião Jairosse, recordando que era um dia de sol picante.

*) Jornalista da agência Lusa

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