O feminismo segundo Kenji Mizoguchi

"Festa em Gion", de Kenji Mizoguchi
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Mais do que nunca, importa superar a imagem de um Kenji Mizoguchi (1898-1956) encerrado numa contemplação mais ou menos épica do Japão "tradicional".

Para além dos seus filmes "históricos" (e a designação carece, desde logo, de discussão), ele foi também um autor empenhado em analisar as convulsões dos tempos posteriores à Segunda Guerra Mundial, expondo, precisamente, as tensões entre passado e presente.

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Centrado numa jovem que quer ser integrada, como aprendiz, numa casa de gueixas, este Festa em Gion, datado de 1953, é um exemplo modelar da sua visão de um universo submetido aos valores masculinos e machistas. Por mais bizarra que a classificação possa parecer, há, de facto, uma dimensão feminista no cinema de Mizoguchi, mais subtil e contundente que muitos discursos panfletários do nosso presente.

Classificação: ***** excecional

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