O diretor das prisões que atravessou governos PS e PSD
Nove anos depois de ter deixado os Serviços de Informação e Segurança (SIS) e de ter entrado ao comando das cadeias do país, Rui Sá Gomes,55 anos, terminou no dia 1 de outubro o mandato como diretor geral de Reinserção e Serviços Prisionais. Num cargo que é por nomeação, Sá Gomes conseguiu a proeza de ter entrado no Governo socialista de José Sócrates em 2006 e de estar a sair num Executivo de coligação PSD/CDS-PP.
A decisão de o reconduzir ou substituir caberá ao novo titular da pasta da Justiça do próximo Governo, como confirmou o ministério da Justiça ao DN.
Rui Sá Gomes terminou o mandato com uma investigação da Polícia Judiciária a lançar suspeição sobre os contratos de ajustes diretos para compra de pulseiras eletrónicas e para obras em centros de reinserção. Investigação que surge um ano depois da divulgação de uma auditoria interna encomendada pela ministra da Justiça à Inspeção Geral dos Serviços de Justiça que mostrou um descontrolo na faturação das cantinas prisionais e um buraco superior a dois milhões de euros em despesas assumidas sem cabimento orçamental nas cadeias.