Capitão Danilo usou a bússola para mostrar o caminho para o título

Equipa portista venceu o Sporting, esta noite, no Estádio do Dragão (2-0), com golos do capitão Danilo e de Marega. Festa do 29.º título sem público nas bancadas. Leões somaram a 16.ª derrota da época, um novo máximo histórico. É também a primeira derrota e Rúben Amorim em 10 jogos como técnico principal.
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Faltaram as palmas das bancadas. O primeiro clássico da era covid-19 terminou com o FC Porto campeão. Os dragões venceram (2-0) o Sporting, esta noite, no Estádio do Dragão, em jogo da 32.ª jornada da I Liga e festejaram o título nacional. O 29.ª da história do emblema azul e branco (22 deles com Pinto da Costa como presidente, eleito pela primeira vez em 1982).

O jogo prometeu muito no início, com um golo anulado para cada equipa aos 11 minutos, mas só no segundo tempo os portistas se superiorizaram. O capitão Danilo mostrou o caminho e Marega fechou a contagem frente a um Sporting tenrinho para fazer frente ao novo campeão nacional. É o segundo título de Sérgio Conceição em três épocas, ele que também liderou os dragões no título de 2017-18 e que esta noite completou 100 jogo no banco portista.

Mais veloz impossível. Mal a bola saiu do círculo de jogo e o Sporting levou perigo a baliza de Marchesín. Uma arrancada de Nuno Mendes pela esquerda terminou nos pés de Sporar que ainda meteu a bola na baliza. O esloveno estava em fora de jogo e o lance não contou, mas serviu de aviso aos dragões. O Sporting mostrava que não tinha intensão de jogar encolhido no Dragão só porque os da casa podiam ser campeões com um empate.

Dez minutos depois foi o FC Porto a introduzir a bola na baliza de Max, mas o lance também foi anulado. O colombiano Luís Díaz ajeitou a bola com o braço e o golo foi invalidade. O jogo prometia muito, mas caiu depois num jogo bem disputado a meio campo, mas com algum marasmo à mistura que não dignifica um clássico do futebol português. E o intervalo chegou com um 0-0 no marcador, 50% de posse de bola para cada equipa, quatro remates para os dragões e cinco para os leões. Pedia-se mais das duas equipas no segundo tempo.

As equipa mantiveram as estruturas e voltaram algo amarradas aos conceitos posicionais. Faltava criatividade. Tanto a leões como a dragões. Rúben pode nem ter sido o primeiro a perceber isso, mas foi o primeiro a agir e a fazer entrar Francisco Geraldes. A ideia era ter mais bola e criar mais desequilíbrios e linhas de passe, mas não funcionou e foi o FC Porto a crescer no jogo. Aos 63 minutos, Fábio Vieira, que se estreou a título no clássico, tentou um golo espetacular, mas viu a trave da baliza de Max negar-lhe a intensão de adiantar a equipa na partida. Na sequência dessa jogada os portistas chegaram mesmo ao golo. Um canto de Alex Telles encontrou a cabeça de Danilo. O capitão descobriu o caminho para a baliza e para o título. Já tinha marcado ao Tondela na jornada passada e ao Sporting na época passada. Em 19 golos de dragão ao peito nunca perdeu um jogo em que tenha marcado (18 vitórias e um empate).

A ganhar por 1-0 os dragões intensificavam a pressão na procura do golo de descanso. Rúben é que não gostava de ver a equipa encostada atrás e quem pagou foi a cabine. Depois Joelson deu outro fulgor e iniciativa aos leões, mas faltou discernimento para definir o último passe. E foi o FC Porto a fazer xeque mate com um golo de Marega aos 90+1 minutos.

A festa chegou logo depois com o apito final.

Com este triunfo os dragões chegaram aos 79 pontos, mais oito que o segundo classificado Benfica, que chegou a ser líder e com sete pontos de vantagem. Faltam duas jornadas para o fim do campeonato. Já o Sporting somou a 16.ª derrota da época, um novo máximo histórico. É também a primeira derrota e Rúben Amorim em 10 jogos como técnico principal. No Sporting tinha seis vitórias e dois empates.

FICHA DE JOGO

Jogo disputado no Estádio do Dragão, no Porto

FC Porto - Sporting, 2-0

Ao intervalo: 0-0

Marcadores: 1-0, Danilo, 64 minutos; 2-0, Marega, 90'+1'

Equipas:

FC Porto: Marchesín, Manafá, Mbemba, Pepe, Alex Telles (Diogo Leite 84'), Danilo, Loum, Fábio Vieira (Vítor Ferreira, 72'), Otávio (Soares, 90'+4'), Luis Díaz (João Mário, 85') e Marega (Romário Baró, 90'+3')

Treinador: Sérgio Conceição

Sporting: Maximiano, Eduardo Quaresma (Tiago Tomás, 78), Coates, Borja, Ristovski (Rafael Camacho, 73), Wendel, Matheus Nunes, Nuno Mendes, Jovane (Joelson, 78), Plata (Francisco Geraldes, 55) e Sporar

Treinador: Rúben Amorim

Árbitro: João Pinheiro (AF Braga)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Jovane (39'), Alex Telles (50'), Pepe (57'), João Mário (88'), Wendel (90'+6) e Manafá (90'+6')

Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19

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