O artista que foi a jogo com o Facebook e ficou milionário
O graffiter e pintor David Choe acreditou no "miúdo magrinho e totó" que era Sean Parker, cofundador do Facebook, quando a empresa era uma mera start-up. Parker convidou-o para pintar as paredes da primeira sede do Facebook em Palo Alto, Califórnia. Essa rede social, que nasceu no dormitório de Harvard de Mark Zuckerberg em 2004, foi concebida para estudantes universitários. Ora, Choe, um enfant terrible já conhecido no mundo da arte, preso por roubos vários e, no Japão, por agredir um segurança numa exposição sua, havia deixado a escola - o seu ódio pela universidade e educação era público - e achava o projeto "ridículo e inútil", citava o New York Times.
Contudo, acabava de sair da prisão falido e foi a jogo ("eu gosto de jogar", disse numa entrevista a Howard Stern em 2014). Acedeu ao convite. O pagamento do então presidente da empresa era o seguinte: 60 mil dólares ou ações. "Eu acreditei no Sean. Não queria saber do Face[book]. Eu estava tipo... este miúdo sabe alguma coisa e eu vou apostar o meu dinheiro nele", contou a Stern. Dir-se-á sem tendenciosidade que apostou bem. Quando, em 2012, o Facebook anunciou a sua oferta pública inicial, a escolha de Choe em 2005 foi ilustrada pelo dinheiro que lhe rendeu: 200 milhões de dólares.