Nuno Melo: "Estou disponível para o que o Congresso quiser"
"O meu papel no CDS vai ser aquele que este Congresso quiser." Foi assim, de forma lacónica, que Nuno Melo contornou as perguntas dos jornalistas sobre o futuro que lhe está reservado no partido a partir do momento em que Assunção Cristas assuma a presidência.
O ainda vice-presidente dos democratas-cristãos, que chegou a ser apontado (e colecionou alguns apoios) para a liderança do partido assim que Paulo Portas anunciou que sairia de cena, não "estabelece condições" a Assunção Cristas, isto é, recusa apresentar à mais que provável líder um caderno de encargos mas avisa que está "disponível para o que o Congresso" que se realiza este fim de semana em Gondomar.
Antes de entrar no Pavilhão Multiusos, Melo sublinhou que Cristas, "se for eleita, terá capacidade de substituir Paulo Portas", o que, realçou "não é [tarefa] fácil". De caminho, assinalou que o partido foi capaz de se virar para fora, ao invés de se fechar e discutir a sucessão de forma fratricida.
"O país precisa de um CDS forte, capaz de fazer oposição a um Governo que é o que se vê", apontou o dirigente centrista a rematar.