Proteção Civil nega subida do número de mortes nos incêndios
A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) negou hoje que o número de mortos dos incêndios de domingo tenha aumentado para 44, mantendo o anterior balanço de 42 vítimas mortais, disse a adjunta do comando nacional Patrícia Gaspar.
Porém, durante a manhã, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, disse à Lusa e à Antena 1 que dois feridos graves na sequência dos incêndios tinham morrido nos hospitais da Universidade de Coimbra, elevando para 11 o número de mortos em Oliveira do Hospital e para 44 o número total de vítimas.
Contactada pelo DN, perante as declarações do autarca, a Autoridade Nacional da Proteção Civil referiu que estaria ainda a validar a informação da morte de mais duas vítimas no hospital.
Ontem, quarta-feira, a ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa demitiu-se na sequência da vaga de incêndios, sendo substituída no cargo por Eduardo Cabrita, em funções no governo até agora como ministro-adjunto de António Costa.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram mais de 40 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
O Governo decretou três dias de luto nacional, entre terça-feira e quinta-feira.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.
Com Lusa