NSA recolheu localizações de telemóveis de cidadãos
O diretor da NSA, general Keith Alexander, confirmou hoje a existência do programa durante uma audiência no comité senatorial das informações, depois de o The New York Times ter revelado a notícia na sua edição de hoje.
Alexander começou a aplicar o programa para testar a capacidade dos seus sistemas de gestão de dados, mas a informação obtida não foi usada, nem para análise de informação.
Se tivesse decidido prosseguir com o programa para além da fase experimental, a NSA teria de obter primeiro a aprovação do tribunal encarregue da autorização da aplicação da Lei de Vigilância de Informações Estrangeiras (FISA, na sigla em Inglês), acrescentou Alexander.
O diretor do NSA classificou ainda como "errado" e "inexato" outro artigo do diário nova-iorquino que avançava que a agência usou desde 2010 a sua coleção de informação para criar gráficos que ilustrassem as relações sociais de alguns norte-americanos, prática que só se aplicava a estrangeiros.
A NSA começou a permitir em novembro de 2010 que a informação procedente de chamadas telefónicas e mensagens de correio eletrónico fosse usada para estudar as ligações de norte-americanos com suspeitos no estrangeiro, relatou o jornal, baseado em documentos fornecidos pelo ex-funcionário da agência Edward Snowden.
Snowden, que se encontra exilado na Federação Russa, revelou há uns meses a existência dos programas secretos da NSA para a vigilância em grande escala das comunicações de norte-americanos e estrangeiros considerados suspeitos de terrorismo.
A espionagem da NSA ultrapassou fronteiras e afetou governos aliados, como Brasil e México, entre muitos outros.
Hoje, na audiência no Senado, tanto Alexander como o diretor nacional das Informações, James Clapper, defenderam, a necessidade destes programas de espionagem como ferramenta da luta antiterrorista dos EUA.