Novos bombardeamentos em Ghouta fazem 13 mortos

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos refere mais 13 mortos, dos quais 3 são crianças, em Douma, capital de Ghouta
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Pelo menos 13 civis morreram hoje na sequência de bombardeamentos das forças governamentais sírias contra Ghouta oriental, no dia em que a chanceler alemã Angela Merkel instou a Rússia e o Irão a usarem toda a sua influência para evitar o "massacre" que o regime está a levar a cabo em Ghouta, bastião rebelde nos arredores de Damasco.

"Pelo menos 13 pessoas morreram em Douma, entre as quais três crianças", refere o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Douma é a principal cidade da região de Ghouta oriental.

De acordo com a organização não-governamental, o regime de Damasco lançou no passado domingo, 18 de fevereiro, uma série de bombardeamentos de campanha contra posições rebeldes em Ghouta, admitindo que está a preparar uma ofensiva terrestre.

Desde o início do ataque morreram pelo menos 320 civis em Ghouta.

"A luta de regime que não é contra os terroristas, mas sim contra a sua própria população... A morte de crianças, a destruição de hospitais... Tudo isto é um massacre que tem de ser condenado", afirmou a chanceler alemã numa declaração dirigida ao Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão).

A mensagem de Merkel foi enviada antes do início da reunião informal do Conselho Europeu que decorre hoje, 22 de fevereiro, em Bruxelas.

Merkel pretende que a União Europeia desenvolva uma política externa comum "mais definida" e pró-ativa, capaz de poder desempenhar um papel mais relevante no sentido de "por fim a um massacre".

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu também a suspensão imediata das hostilidades.

O Conselho de Segurança da ONU vai votar esta semana, provavelmente hoje, numa proposta de resolução para decretar tréguas de 30 dias na Síria.

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