Novo passe Navegante pode chegar a 21 mil famílias

Entra este dia 1 de agosto em vigor o novo Navegante. Um passe que custará no máximo 80 euros e que pode ser utilizado por todo o agregado familiar independentemente do número de pessoas que dele façam parte.
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Há 21 mil famílias que já utilizam o passe na Área Metropolitana de Lisboa e que vão poder beneficiar do Navegante Família que entra esta quinta-feira, 1 de agosto, em vigor. Este título de transporte custa 80 ou 60 euros dependendo de ser válido em todos os 18 municípios da AML ou apenas em um.

Esta expectativa tem sido transmitida pelo primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa, Carlos Humberto de Carvalho, baseando-se nos dados extraídos do Inquérito à Mobilidade de 2017 que indicam existirem 21 mil habitações com três ou mais pessoas, com idade superior a 14 anos (menos não paga passe), com o título para os transportes públicos.

A entrada em vigor do Navegante Família é mais um passo na mudança na política de tarifário que começou em abril em Lisboa e Porto e depois se estendeu ao resto do país, com a criação de passes mais baratos de forma a incentivar a utilização dos transportes públicos.

E os dados recolhidos pela AML mostram que a adesão - que também é visível na procura dos transportes - é elevada. De acordo com os dados fornecidos ao DN em junho foram vendidos 680 mil passes na região de Lisboa, quando os dados referentes a março apontavam para a compra nesse mês de 550 mil títulos.

Com a entrada em vigor do navegante municipal e metropolitano, registou-se uma subida: em abril atingiu-se os 633 mil passes (uma subida de 11% em relação ao período homólogo); em maio foram 680 mil (mais 18% que no mesmo mês do ano passado) e em junho manteve-se o número de 680 mil (mais 28% quem em 2018).

Segundo a AML a comparação homóloga dos três meses mostra uma subida de 19% na venda de passes.

Há, agora, a expectativa de que possa existir uma outra subida na utilização do transporte público com a entrada em vigor do Navegante Família pois no máximo cada agregado irá pagar mensalmente o valor de dois passes independentemente do número de pessoas que dele façam parte.

Para ter acesso a essa "unificação" dos títulos a pessoa que ficar como "requerente responsável" deve preencher um requerimento - disponível no site da Área Metropolitana de Lisboa, no portalviva.pt e nas empresas de transportes públicos - que depois entrega com um comprovativo da morada fiscal e composição do agregado familiar que pode retirar do portal das finanças. Todos os elementos da família terão de ter cartão Lisboa Viva que pode demorar dez dias até ficar disponível.

A subida de utilização de passes tem criado vários problemas às empresas quem têm tentado responder a essa procura, mas sem o conseguir plenamente. A CP está a tentar recuperar carruagens que estavam à espera de manutenção; a Transtejo/Soflusa vai ter de esperar um ano pela chegada dos novos barcos; o metropolitano de Lisboa anunciou o aumento de velocidade dos seus comboios de forma a diminuir o tempo de viagens e a reparação de carruagens que estavam em manutenção e a Fertagus está a fazer uma experiência de redução de lugares sentados nas carruagens de forma a poder transportar mais passageiros.

Recentemente, em declarações ao site Dinheiro Vivo a administradora delegada da empresa, Cristina Dourado, anunciou que a partir de outubro a empresa espera poder aumentar a oferta de lugares em 10%, consequência do aumento de comboios com oito carruagens e de uma subida de ligações entre Lisboa e Setúbal.

Até ao final do ano deverá também avançar o concurso para as concessões rodoviárias na AML que já deverão incluir a criação da marca Carris Metropolitana.

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