Novo governo adiou hoje visita da missão da OEA
A missão iria deslocar-se às Honduras para tentar perceber a crise política do país, mas foi impedida porque o governo hondurenho recusa a presença do chefe da OEA, José Miguel Insulza, no grupo de visitantes.
A "intransigência" de Insulza em fazer parte da missão e de excluir desta países abertos a uma reconsideração da decisão da OEA de suspender as Honduras da organização "tornou impossível a realização do encontro na data prevista", afirma um comunicado divulgado pela ministério dos Negócios Estrangeiros das Honduras.
A delegação da OEA, formada por seis ministros dos Negócios Estrangeiros e funcionários do organismo, tinha agendado chegar a Tegucigalpa na terça-feira, mas o governo de Micheletti disse que a receberia noutra data se Insulza fosse excluído.
O governo "mantém toda a flexibilidade para combinar uma nova data para a visita da missão de ministros dos Negócios Estrangeiros no âmbito da mediação, aos quais será dada toda a segurança e atenções que merecem, com a condição de que José Miguel Insulza seja excluído", adiantou o ministério.
"Infelizmente, a intransigência do secretário-geral de insistir em integrar ele próprio a missão e de excluir estados membros que votaram pela suspensão, mas que têm uma atitude de abertura para reconsiderar o caso das Honduras, fez com que seja impossível realizar o encontro na data prevista", refere ainda o ministério.
A OEA suspendeu as Honduras a 4 de Julho último por não reintegrar em funções o deposto presidente Manuel Zelaya, expulso do país pelos militares a 28 de Junho.
A decisão foi tomada com base num relatório de Insulza - que o novo governo hondurenho considera "parcial".
O presidente da Costa Rica, Óscar Árias, é mediador no diálogo para tentar resolver o conflito político e que se baseia numa proposta cujo principal ponto é o regresso condicionado de Zelaya às Honduras.