Nove dos 18 indignados detidos libertados hoje
"Não estamos todos, faltam dezoito" e "Chamam-lhe democracia, mas não é" foram algumas das frases gritadas pelos manifestantes antes de se sentarem para ouvir a leitura de um comunicado da comissão legal do movimento.
Os organizadores do protesto denunciaram a "brutalidade e desproporcionalidade" da polícia, que na madrugada de ontem esvaziou a praça de manifestantes e deteve 18 pessoas sob a acusação de "resistência e desobediência à autoridade".Nove deverão ser libertados hoje.
Pouco antes das 05:00 de ontem (04:00 em Lisboa) e em alguns minutos, a polícia anti-motim afastou da praça os cerca de 200 manifestantes que ainda estavam no local, apesar das autoridades terem determinado que deviam dispersar às 22:00.
O diário El País indicou que dois polícias ficaram feridos na ocasião.
Os leitores do manifesto manifestaram a sua intenção de continuarem a "exercer o direito de reunião" com assembleias e discussões em grupo em diferentes praças de Madrid e das principais cidades espanholas.
Largos milhares de pessoas manifestaram-se no sábado em várias cidades espanholas, como Barcelona, Bilbau, Málaga, e Sevilha, além de Madrid, contra a crise, o desemprego e as medidas de austeridade, um ano após o nascimento do movimento dos indignados 15M, com um acampamento na Puerta del Sol.