Secretária das Mulheres nomeada por Temer suspeita de "associação criminosa"
A nova secretária especial de Políticas para as Mulheres no Ministério da Justiça e Cidadania, a ex-deputada Fátima Pelaes, é apontada pelo Ministério Público Federal brasileiro como parte de uma "associação criminosa".
A nomeação de Fátima Pelaes foi publicada no Diário Oficial da União de hoje.
De acordo com um relatório da Procuradoria-Geral da República brasileira, citado na edição de hoje do diário Folha de São Paulo, Fátima Pelaes foi citada, em 2011, num escândalo ligado a uma organização não-governamental fantasma, que tinha celebrado um convénio com o Ministério do Turismo dois anos antes.
Segundo a investigação, a nova governante indicou uma organização fantasma chamada Ibrasi para receber 4 milhões de reais (999 mil euros) para promover o turismo no Amapá. Na altura, quatro depoimentos apontaram Fátima Pelaes como beneficiária de parte do dinheiro.
Em resposta ao jornal brasileiro, a governante disse confiar no trabalho da polícia e da justiça e estar tranquila, considerando que "tudo será esclarecido".
Antes da nomeação, o nome de Fátima Pelaes já gerava alguma polémica por a ex-deputada, evangélica, ser contra o aborto. Segundo a imprensa local, Fátima Pelaes já se manifestou contra a interrupção voluntária da gravidez, inclusive em casos de violação, o que é permitido por lei no Brasil desde 1984.