Norte-americana que liderava célula do Daesh condenada a 20 anos de prisão

Sendo americana e tendo chegado a líder de uma célula, a jihadista torna-se um caso histórico entre os casos de terrorismo. Os filhos mais velhos pediram a pena máxima para a mãe.
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Uma jihadista norte-americana, que ocupou a rara posição de líder de um batalhão feminino dentro do grupo Estado Islâmico (EI), foi condenada esta terça-feira a 20 anos de prisão por um tribunal em Alexandria, nos arredores de Washington.

Allison Fluke-Ekren, uma mãe de 42 anos, declarou-se culpada, em junho, de "apoio material a uma organização terrorista" e admitiu ter fornecido treino militar a mais de 100 mulheres na Síria.

A mulher disse ter liderado o "Khatiba Nusaybah", um batalhão no qual cerca de 100 mulheres e raparigas - algumas com apenas 10 anos - aprenderam a usar armas automáticas e a detonar granadas e usar cintos suicidas.

Uma das filhas de Allison Fluke-Ekren estava entre as que disseram ter recebido tal formação. A filha e o filho mais velho de Fluke-Ekren exortaram o juiz a decretar a sentença máxima. Disseram que foram física e sexualmente abusados pela sua mãe, e descreveram os maus tratos com detalhes em cartas ao tribunal. A mulher negou os abusos.

Nascida nos Estados Unidos e tendo ascendido a um nível de liderança no Daesh, Fluke-Ekren torna a sua história única entre os casos de terrorismo.

Allison Fluke-Ekren pediu apenas uma pena de dois anos para que pudesse criar os filhos pequenos. Disse no início de um longo discurso que assumia a responsabilidade pelos seus atos, mas passou a maior parte do tempo a racionalizar a sua conduta.

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