"Para se financiar investimento produtivo é preciso capital e financiamento a médio e longo prazo", apontou o presidente do BESI. Já Miguel Maya, vice presidente do BCP, destacou o papel determinante do Banco Central Europeu na melhoria da banca e sublinhou as "transformações muito profundas que também em Portugal se verificaram". No entanto, considerou que "a capacidade de suportar o bom funcionamento dos mercados é ainda insuficiente", mas as perspetivas de futuro são "otimistas"..António Nogueira Leite foi muito crítico em relação ao papel do Governo nestes três anos, acusando "os poderes institucionais" de não terem tido "a capacidade para colocar no terreno mecanismos que permitissem às empresas, num ambiente competitivo ter acesso a capital". E recorda a tentativa da Caixa Geral de Depósitos de criar um banco de fomento, disponibilizando 1,5 mil milhões de euros, travada pelo atual executivo..Por isso, critica o atraso: "Estamos há dois anos à espera de instrumentos próprios para capitalizar as empresas, algo mau tanto para as empresas como para a banca". O ex-administrador da CGD duvidou mesmo da eficiência da Agência de Investimento criada pelo Governo e que deverá iniciar funções até ao final do ano. "Não vai ter o efeito catalizador esperado", vaticinou, por se encontrar na esfera do Estado..Fundos de capital de risco e mercado de capitais foram duas das alternativas que estiveram em debate como alternativa para o financiamento de médio e longo prazo das empresas. No entanto, Miguel Maya questionou: "onde está a procura [por parte de investidores] para colcoar as empresas no mercado de capitais?". E lembrou que nos mercados anglo saxonicos s\\ao as seguradoras e os fundos de pens\\oes os grandes investidores.