O ano é 1957, em plena Guerra Fria, e no centro de um desafio político e judicial está um advogado, ligado à área dos seguros, chamado a exercer o direito penal, na defesa de um espião russo em território americano. Segue-se uma negociação para a troca de espiões entre os dois países, mas Spielberg - como o conhecemos - não abandona o quadro da amizade discreta entre o advogado e o russo, para tratar apenas o contexto histórico: entrelaça ambos.
Veja o trailer:
[youtube:mBBuzHrZBro]
Sobre o papel de Tom Hanks neste A Ponte dos Espiões, o advogado, já há quem o compare a James Stewart ou Henry Fonda, nas suas inúmeras interpretações honrosas, que confundimos com os próprios atores. Um louvor justificado, precisamente pela envergadura desse modelo clássico do homem que carrega a insígnia humanista. Um modelo que Spielberg perseguiu com afinco em Lincoln, o anterior, ou muito mais atrás, em A Lista de Schindler, só para citar os óbvios.
Baseado em factos verídicos, com argumento dos irmãos Coen e fotografia de Janusz Kaminski, o filme beneficia do melhor de dois mundos: ação muito bem sustentada pelos diálogos e primor visual.
Classificação: ****