Ministro da Economia promete apoios financeiros para fábrica da Renault/Nissan

O ministro da Economia, Vieira da Silva, prometeu hoje que o Estado irá apoiar financeiramente o projecto de construção da nova fábrica de baterias da Renault/Nissan, mas adiantou que o volume de apoio só será definido mais tarde.
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"Haverá apoios financeiros como há em qualquer outra empresa, fiscais ou apoios do QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional], como há em qualquer outra empresa. O seu volume não está ainda determinado porque isso far-se-á contra o projecto de investimento que está ainda em fase de desenvolvimento", afirmou Vieira da Silva.

Vieira da Silva, que falava aos jornalistas no final da cerimónia de anúncio da localização da Fábrica de baterias da Nissan, que será construída em Cacia, Aveiro, salientou, contudo, que a primeira contrapartida que foi dada à aliança Renault/Nissan foi a garantia que Portugal iria desenvolver uma rede de abastecimento dos veículos eléctricos.

"A aliança Renault/Nissan não iria investir num país que não desse garantia", sustentou.

Questionado sobre as garantias que a aliança Renault/Nissan deu ao Estado português de que não irá mais tarde optar pela deslocalização da fábrica, Vieira da Silva lembrou que todos os contratos que o Estado faz têm clausulas relativas ao seu incumprimento.

"Todos os contratos que estado faz têm penalizações no caso de incumprimento das empresas", disse.

Antes, na sua intervenção na cerimónia de anúncio da localização da nova fábrica, o ministro da Economia já tinha sublinhando o "significado de enorme relevância" que tem para Portugal a decisão da Renault/Nissan ter escolhido Portugal para construir a nova unidade.

"Tem pelo menos duas enormes consequências para a nossa vida e para o nosso projecto de mudança", argumentou, considerando que se trata de um projecto que se insere de forma "quase perfeita" na "estratégia energética que Portugal tem vindo a seguir e que o Governo identificou".

Uma estratégia que, segundo Vieira da Silva, está assente no aprofundamento do investimento nas energias renováveis e na melhoria da eficiência energética.

"O desenvolvimento e a afirmação do veículo eléctrico contribui decisivamente para essas duas dimensões da nossa revolução energética", declarou.

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