Nigéria vai a votos um dia após a queda da principal base do Boko Haram
Unidades nigerianas, apoiadas pela força aérea nacional e militares de outros países africanos, reconquistaram a cidade de Gwoza, considerada a principal base dos islamitas do Boko Haram e situada junto à fronteira com os Camarões. O anúncio foi feito ontem, a menos de 24 horas das eleições presidenciais e legislativas que decorrem hoje naquele que é o país mais populoso de África, maior produtor petrolífero e principal economia do continente.
Estão inscritos mais de 56 milhões de eleitores numa população de 170 milhões, tendo sido encerradas as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas por motivos de segurança.
As eleições estiveram marcadas para 14 de fevereiro, mas foram adiadas para dar uma oportunidade aos militares de recuperarem as localidades sob controlo islamita nas regiões do Nordeste do país. Com a queda de Gwoza, as milícias do Boko Haram perderam o último centro urbano relevante desde que uma coligação militar internacional iniciou, há cerca de dois meses, uma ofensiva no Norte e Nordeste da Nigéria sob domínio islamita desde meados de 2014.