Nélson Veríssimo: "Os jogadores têm um sentimento de injustiça e revolta"

O treinador interino do Benfica revela que os seus atletas consideram que mereciam mais do que o empate em Famalicão e sobre o mau momento da equipa diz que "há ilações que devem ser tiradas na devida altura".
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Nélson Veríssimo, treinador interino do Benfica, admitiu que os seus jogadores estão com "um sentimento de injustiça e revolta" causado pelo empate concedido nos minutos finais do jogo em Famalicão. Um sentimento que "é fruto das oportunidades e do bom jogo que a equipa fez", razão pela qual considera que "devia ter saído de lá com uma vitória".

O técnico considera, no entanto, que "esta insatisfação" tem se ser canalizada "de forma positiva" para o jogo desta terça-feira às 21.30 horas, no Estádio da Luz, com o V. Guimarães, relativo à 32.ª jornada da I Liga.

Uma partida para a qual admite que "faz sentido" manter o mesmo onze dos dois últimos jogos porque "a equipa deu resposta em relação ao que foi pedido". Como tal, espera um adversário "organizado, competitivo e que gosta de ter bola", lembrando que se trata de uma equipa que "está a quatro pontos dos lugares europeus e vai lutar para conseguir um bom resultado".

Se o Benfica não conseguir vencer entrega desde logo o título de campeão ao FC Porto que, na quarta-feira, recebe o Sporting. Veríssimo não quer pensar nessa situação pois avisa que "o Benfica tem de se focar naquilo que controla" e, como tal, tem de ficar "à margem de tudo o que possa vir a seguir".

O treinador interino dos encarnados recusa a ideia de que os três jogos que faltam para terminar o campeonato sejam já para preparar a final da Taça de Portugal, marcada para o dia 1 de agosto, frente ao FC Porto. "Seria uma falta de respeito para com as equipas com quem ainda vamos jogar. Sabemos que esse jogo será o último. Como tal, o nosso foco tem de ser no próximo jogo, é isso que comentamos entre todos", sublinha.

Nélson Veríssimo admite que esta ponta final de temporada, nomeadamente o que se seguiu à derrota do dragão, terá de ter uma análise cuidada. "Na devida altura essas ilações têm de ser tiradas, mas agora não é o momento para isso, pois temos é de olhar para o que falta de campeonato e para a final da Taça", assumiu, deixando a garantia de que nunca existiram divisões ou comportamentos menos próprios no plantel: "O Benfica tem 25 jogadores e todos eles são muito profissionais. Das tarefas que foram propostas aos jogadores, todos eles tentaram cumprir ao mais alto nível."

Questionado sobre a forma como se motiva uma equipa para os três últimos jogos do campeonato, quando tem o título praticamente perdido, Veríssimo deixou uma garantia: "Podia ter essa necessidade se os visse falta de motivação, mas vejo-os com cada vez mais vontade de mostrar as suas qualidades e lutar para ganhar o próximo jogo. Foi assim desde o início da época e tem sido assim mesmo durante este período menos bom. Ou seja, em função da resposta que nos dão nos treinos e nos jogos, não sentimos necessidade de lhes passar uma mensagem de motivação."

Numa altura em que Carlos Vinícius e Pizzi partilham a liderança dos melhores marcadores da I Liga juntamente com o bracarense Paulinho, o técnico não considera esse o principal objetivo deste momento: "O interesse da equipa é coletivo. É verdade que podem vencer esses prémios, mas o foco é sempre o coletivo. Se conseguirmos juntar as duas coisas, melhor."

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